segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Inveja



O mal olhado da inveja que absorve minha alma corroendo as alegrias.
Pensaste apenas!
Não hei de mudar meu jeito
Pelo teu olhar que cai por sobre minha mente
Arrancando-me do presente
Em que pensei que te verias.
Teu sorriso falso que não abraça facilmente,
Com teu jeito tão sútil que se faz de inocente
Só para arrancar as coisas que são minhas.
Não me enganas do teu jeito de ser.
Não me enganas com teu bel prazer.
A inveja corroí o que há de sofrer!! 

sábado, 27 de agosto de 2011

Atuação



Sentada na escada de uma casa em construção,
Na escada de minha casa em construção.
Escutando o silêncio.
O céu anda limpo com um tom de azul bebê.
O vento faz meus cabelos saltitarem felizes como se estivessem dançando.
A escada dá para o céu,
Onde parece um papel pintado nem vestígios de tinta branca.
O sol tão quente que irrita minha pele, mas não chega a queimar.
Parece que bebi algum antídoto para o sono, pois meus olhos se fechem e depois de alguns segundos eles se abrem novamente.
Não me sinto normal. Dentro de mim parece que tem uma alma cansada, que não aguenta mais ficar acordada.
O céu não está mais encima, onde é o lugar do céu, há uma casa em construção, árvores e areias.
Olho para o chão onde visualizo a folha de papel pintada de azul.
És tão claro... Tão bonito...
Que até perco a fala.
Desço os três degraus do qual eu havia subido e sinto meus pés sobre o céu.
Uma mágica...
Era completamente surreal...
Me vejo agora numa sala de espelhos, meus rosto pálido aparece em todos os lugares, minha boca pequena e retorcida num pequeno sorriso assustado, minha mente não consegue encontrar o caminho do raciocínio, em meio de desespero ele deve ter corrido.
Meus cabelos longos e castanhos caídos sobre meus ombros nus, estavam molhados e o vento que ali se envolvi me fazia querer gritar de felicidade.
Eu estava num palco, bem no meio do palco, estava fazendo gestos dramaticamente, os objetos acompanhavam meu olhar pela plateia paralisada, em estado de choque agachei-me sobre o chão e abracei meus joelhos e comecei a chorar e a plateia toda vibrou em satisfação do amor que acabei de lhe entregar.