Ela adorava poesia
E andava na contra mão
Diziam que ela era esquisita
Mas ela não se importava com outra opinião.
Ela adorava sinfonia
E a raiz quadrada da equação
Cirandava entre o crepúsculo e dia
E voava sem temer a elevação.
Ela amava as flores do jardim
Os vaga-lumes eram a Via-Láctea sem direção
E no céu, a estrela se chamava Jasmim
Enquanto ela caçava a Órion e a D'alva num balão.
Ela amava peças de teatro
E na Tv, adorava animação
Nas histórias, via seu retrado
Contado mais de um milhão.
Ela adorava ler monólogos de gente antiga
E o livro, tinha que ser a primeira edição
Também lia livros de fantasia
Carregava o príncipe e Pollyanna no coração.
Ela adorava objetos velhos dos avós que o Pai guardava
Era fascinada na conservação
Máquina de escrever, porcelanas, moedas, cristais, máquina fotográfica
Dava sentido em tudo que não havia explicação.
E acima de tudo, ela amava o mar
Como uma pulsante paixão
Mas nada lhe tirava o sonho de voar
De tirar seus pés do chão.
