segunda-feira, 26 de maio de 2014

O nome dela


Boneca pinta hoje coração em tela preta
Assim pinta o nome dela da mesma cor
Revezando cores, pois ninguém verá a arte que desenhei atrás da mesma
Boneca,  ninguém verá o nome de teu amor.

Aos montes escreve hoje coração em folha branca
Restos de ontem, escreve na poesia no nome dela da mesma cor
As mãos doloridas sempre ao escrever pensa nas tantas
Coisas que as inspirações que ela entregou com teu sabor.

Rascunhos feitos a lápis, então colore na tela o teu sorriso
Intenso, tão atrativo e será a única arte com eterno brilho.. !
Sobretudo cheio de sonhos, pois foi feito pra ela.

Tantas outras poesias escritas aos teus olhos de ouro
Infinitos astros sobre teus cabelos agora raio de lua escondido em tesouros.. !
No firmamento escreves também o nome dela..

A dizer para as estrelas "Amo você" para teu brilho levar essa mensagem...

domingo, 18 de maio de 2014

Teu nome no espelho


Com lágrimas escrevi teu nome no espelho
E ali deixei meu amor
Em meio aos devaneios
Abaixei a cabeça porque o peito sentia dor

Eu queria teu carinho
Eu queria teus lábios
Mas meu ser estava sozinho
E meu coração descosturado

Acordei e vi teu nome no espelho
Manchado em meios as lágrimas
Pensei que era um pesadelo
Mas percebi que estava errada.

Então saudades bateu como não devia
Doeu ao pensar em mandar Bom dia
Não queria ler suas palavras frias
Pois assim doeria mais do que já doía.

Poeta do circo


Estávamos num circo
Naquele meio animado
Onde tudo era colorido
Onde tudo era sorriso falso

De todos os amigos
Sobraram-lhe os palhaços
Pois cada estação o trem ia diminuindo 
Pois cada pedregulho não havia mais passos.

E vi todos sorrindo
De pessoas com o rosto pintado
Senti o ciúmes surgindo
E percebi que era pra ter me afastado.

E de todos os carinhos
O meu havia de ser roubado
Meu rosto mostra um sorriso
Mas as lágrimas o deixa manchado.

Havia tantos trilhos
Não devia ter parado
Na neve reconheceu o ser frio
Que aqueceu o seu amado.

Mas dentro dos meus vagões a vi partindo
Andando de pés descalços
E meu ser que estava aquecido
Ao tentar segui-la foi novamente congelado

Então continuei meu caminho
Não queria estar apaixonado
Palhaço pertence ao circo!
Dizia o público já querendo o espetáculo.

"Eu pensei que não gostava mais de mim"
"Você não é de demonstrar"
E pela primeira vez vi o fim
Vi meu grande amor me deixar.

"Tem certeza de que quer isso?"
"Tem certeza de que está a me amar?"
E pela segunda vez virei um cisco
Do coração, que está a chorar.

Por duas vezes palhaço não soube entregar
O amor que recebeu
Poeta escasso, vá se declarar!
_ Não, não.. Todos já esqueceram de quem sou eu...

sábado, 17 de maio de 2014

Os espinhos da roseira


Era uma bela flor, cheia de encanto
A que recebia o amor, e entregava teu manto
De pétalas formosas, teu perfume
De flor a senhora, de todo vislumbre

Caiu a pétala do aconchego
Teus braços feriu serenamente
Teu amar virou morcego
Ama qualquer um, mas ninguém exatamente.

E dessa Rosa sou o espinho
Nem o vermelho de apaixonada cor
E dela não se faz o visco
E quem dirá o amor.

No jardim está a reflorir
Pequena Rosa que está sempre a amar
Em mim tudo anda a sorrir
Sorrisos de espinhos que andam a todos a espetar.

Não sei amar, não sei amar
Roseira está a desabrochar
Não sei amar, não sei amar
Espinho fere roseira para então o amor murchar... 

Então se vá, então se vá
Espinhos não quer se entregar
Então se vá, então se vá
Roseira sai ao sol para poder secar..

terça-feira, 13 de maio de 2014

M. XVI


Está em todas as notas musicais
Em doçuras do tempo de cada melodia
Nas magias dos instrumentos que só você faz
Viver e transformar tudo em sinfonia.

Nos lírios de todo o jardim
Teu perfume floral sempre exalado
Nos sorrisos dedicados a mim
Lembro-me do voar a sorrir sempre exaltado!

Na música saudades eternas
No leito deito-me com elas
Acordo então, querendo mais  uma vez acordar.

Na sinfonia a ciranda
Lembrando-me a época em que éramos criança
Acordo então, querendo continuar a sonhar.

M. XV


Tenho mil lembranças de outrora
Que se passam na cabeça vazia de memória
Mas lembro de tu meu inverno
A estação que mais me aqueceu e deu vida ao meu verso.

Sinto saudades infinitas dos teus sorrisos em azul cobalto
Sofro de distância ao lembrar de teus cabelos, escuros eram os cachos
Teus olhos castanhos que me fez voar ao todo infinito
O mel de meu céu que fez meu ser vivo!

O jeito de teu falar meu encanto da madrugada
Teu jeito de piscar a fazer uma observação enquanto conversava
O olhar curioso, sempre amistoso estava a voar
Puxava coruja teimosa, levava ao céu fazendo-a se encantar.

Coloriu o mundo que vivia
Me fez irradiar toda alegria
Onde quer que passasse.

Lembro enquanto é dia
Do teu sorriso que me fez viva
Não importa o que falasse.

Minha vida de poeta


Minha madrugada de poesia
São dias de vida sem sol
Mas minha tarde ensolarada cheia de fantasia
São insones crepúsculos sem lua, sem farol.

Todos os raios solares são sorrisos
Todas as chuvas são lágrimas
Vida de poeta é o verdadeiro abismo
Da alma que escreve para não se sentir sempre fechada.

Na terra da estrada de chão o piso
Nas flores dos jardins perfumadas
No papel poeta encontra abrigo
No livro poeta vive sem estrada.

A vida de mil felicidades escondidas
No papel mil emoções escritas
Ditava tudo com a voz de alegria
Recitava poesias, poeta da vida!

Nas estrelas estava teus segredos
Escrevo hoje em papel novo
Mas em rascunho ficará meu berço
Para eu refazer minha vida num jeito de ouro.

domingo, 11 de maio de 2014

Sussurros da noite


A noite sussurra hoje em meus ouvidos
O luar nasceu sem brilho
Nuvens densas choram sem porquê
O céu hoje nos banha com teu sofrer.

Meu corpo deitado na cama já jazido
Meu coração congelado, um tanto frio
E eu permaneci sem saber
Se a voz que a noite sussurra chegava até você.

Tudo está tão puro ao ar do recinto
Tudo está tão úmido com chuva fraca caindo
Molhando-me o peito arrefecer
Meus olhos que disparam a chover.

Ando deitada com cérebro faminto
De tudo que leio nada fica como no livro! 
Deitada estou andando ao aposento sem o que fazer
E faço tudo para hoje não perecer.

As palavras da noite me deixa sozinho
Já está tão escuro, nem lâmpada ilumina meu caminho
Estou escutando teu chamado a dizer
Querendo tudo o que o nada está a querer.

De todas as vozes que escuto num perdido
Cantar cheio de barulho e silencio de sinos
Nada está a acontecer
Só minha cabeça cheia do que não devia ter!

Na noite o sussurros ecoam sem brio
Querendo atenção dos humanos ríspidos
O ventos que hoje vem me aquecer
Congelando minha pele que está a padecer.

Viram de todos os cantos sem estrela no infinito
Viram que nenhuma segue mais o estrio
Desenho que esculpi do mais velho tecer
Do pano que bordei no mais novo preencher..

Ali no fim dos tempos meus está o paraíso
O sol em conflito com todo os filhos
Hoje derrubados planetas sem o ser
Amargurados giram em torno sem parar poder.. 

Lugar de tantas guerras ao tempo de neve sem sorrisos
Nada no inverno de meu peito está procurando o abrigo
Coração dispara para a aquecer
Coração morre querendo viver...

Sussurra mais uma vez o vento da noite em conflito
Nas estrelas desaparecidas está a nuvem teu amigo
A brincar de esconde-esconde sem aparecer
Brincam tão séria estrelas, escondem-se até o amanhecer...

Na chuva de todo granizo
Inverte o sol ao raios cheio de limo
Brincam com nuvens a se esconder
Nuvem chora então pela  brincadeira mais uma vez perder..

E nessa brincadeira observo um tanto ríspido
Meu ser congela hoje, sente frio!
Não há lua para descongelar meu coração do próprio ser
Pois encontra-se escravizado pelo mesmo a adoecer...

terça-feira, 6 de maio de 2014

BC. IV


Todos os sentimentos que encontram-se ocultos
Se revelam ao lembrar do seu sorriso
Fazendo preencher tudo
De amor, que deveria estar escondido.

Sorrisos bobos refletem em minha face
Ao lembrar do teu jeito sem jeito
Teu ver sem olhar a parte
De meu ser cheio de defeitos.

Já tentei...
Não consigo me afastar
Então voltei...
Pra dizer que estou a gostar
Cada vez mais de ti.

Já gostei...
Nunca irei parar
Então guardei...
Para que possa sempre lembrar
Que é você quem me mantêm aqui.