segunda-feira, 29 de abril de 2019

Brilhantes nós


Era noite de luar
Quando parei ao alto da janela
Afim de lhes contar
Segredos meus e também delas.

Era noite de luar
E todas me apareceram
Saudosas, comemoravam constelações a recitar
Casos que já se esqueceram.

E mesmo tão longe
As vi! Ouvi!
E me deletei em teus nomes

Que nem sei de cor
Mas desenhei, escrevi e senti!
Saudades de teus brilhantes nós.

quinta-feira, 25 de abril de 2019

La'aura de Laura


Nasceu uma estrela,
Com a aura azul estrelar
Ela aura era a própria delicadeza
Que vivia la e cá a encantar!

Nasceu da cor azul sorridente
E como um pássaro Lá a aura está
Seria um mundo dela, anil, turquesa, celeste
Voando, voando a encantar!

La a aura se vai...
Laura sorri sempre azulada
Entre o alto céu e o abismo se distrai
Num autismo de tua aura delicada

Ela aura grita e se opõe
A alma azul se faz tão jus, na fortaleza
Da aura mansinha da menina que se dispõe
Da birra, mas La'aura ja foi dormir e sonhar estrelas.

*Branquela mais linda da tia *

terça-feira, 16 de abril de 2019

Lágrima do Estressar


Eu vou guardar uma lágrima 
E colocarei o nome dela de lágrima do estressar 
Para os dias raros que me faltar a calma
Afim de lhes mostrar ... 

Eu também "posso" me estressar. 

Depositarei nos olhos para lacrimejar 
E gritar entre as paredes da maça dos rosto 
Esbravejando em minha mesma, a deteriorar 
Sintonizando a calma sem esforço 

Eu "posso" me controlar ... 

E então toda vez que soar os olhos 
Em sinos que não se badalejam
Ao cair da chuva sem destroços
Seriam lágrimas que não gotejam 

Isso tudo é imensamente para expulsar 
Dentro de um enorme coração, O tal sentimento
Eu digo que também posso me estressar
Mas essa lágrima não vá se criar em meus aposentos.

Eu sei que "posso" me cuidar ...

domingo, 7 de abril de 2019

A última carta


Apesar de não escrever
Eu leio.
Apesar de não rimar
Eu sinto.
E me ponho a lembrar
De todo infinito
Da saudade a bajular
De um planeta distante, conhecido
De um céu, tão longe, 
Tão rico!
Que aparece no luar
Que vive, inspira, consome
Poesia a voar...

A Poesia dentro de meu Ser


A textura do papel
A maciez da lapiseira
O contorno das linhas
Meu limite!
Se esvai pelas beiras
O apagar do grafite
Dos anos que se passaram
E o garrancho da letra
Se matem, persiste por onde passo
Uma história, uma rima
E de mim um pedaço
Escrito, reescrito, digitado.
Saudades tenho de depositar minhas palavras num almaço,
Saudades eu tenho de escrever sentimentos alterados.
O ruido do grafite
Me trás lembranças, poesias!
E escreve sem parar
E o meu palpite?
A mão escreve para a mente poder lembrar
De como era escrever pra ver
De como era escrever pra ser
Apenas pra lembrar de como era
Aquela virgula vagante da poesia dentro de meu ser!

Que embora se encontre distante
Escrevo apenas para dizer
Poesia, o meu eu não é nada sem você!

segunda-feira, 1 de abril de 2019

A Canela


Ela era a canela
De todo doce
A fera,
Da briga
A espera
Do que fosse.

Ela, a canela
De todo o amor
A cancela 
Do tremor
A minha regra
Do desafiador.

E ela era a Canela
Do café, o Cappuccino, 
Da fruta na tijela
Do estranho sorriso
Do Açúcar na panela
Das manhãs sem sentido.

E nela, Canela
Teu perfume, Saboreei
Em sua tela
Pintei
E em cores de aquarela
Te transformei

E dela Canela,
Vem minha inspiração
A frase do poema
Pequena dissertação
A escrevi em meus dilemas
Sintomas do Coração.

E ela sempre foi a Canela
O Receio
A dosagem correta
Do erro e do acerto
E tudo isso seria ela
Meu doce de tempero!