domingo, 19 de abril de 2015

Não foi Janeiro


De todos esses dias que passaram
Eu não soube encontrar
Escrever a poesia que existe em teu olhar
Rudemente a minha voz,
Veio corando todos nós.
Numa distancia sem sentido
Num passo tão corrido ..
Deixei então, de lhe dizer
Aos céus  agradecer
Você minha menina, 
Que a minha vida veio fazer sorrir ! 
Sem ira,
Deixei o amor entrar
Em tua despedida de um Rio a secar
De olhos tão enxutos 
Vem a mim, ondas daquele mar
Que nos molhou no mês de junho
Na primeira vez a me beijar
Não foi Janeiro, 
E não mais será.

Entrelaçada nas correntes
De teu jeito tão sincero
Eu não soube ver ao certo
Os teus pesos. Acalmar o que sentes
Numa luz de todo meu amor ..
Entrego-lhe o que deixei de lhe propor ! 
Eu acenderei as chamas que deixei apagar
Numa noite de luar
Sozinha ficou, chorando meu amor 
Vendo tudo se acabar ! 
Mas existe noites em todos os dias, 
E nesse despedida 
Eu vou lhe mostrar.
Sem que passes na minha vida,
Sem que tomes o mesmo rumo
Eu lhe mostro a linda
Flor que existe em você no meu mundo 

Venho aqui te buscar,
Sem saber de nosso destino
Só carrego meu amor
Por você, e tudo dá sentido
Você colore os meus céus
Num arco de papel
Aquarela num azul
Laranja em seus cabelos mel
O sol de teu sorriso
Só brilha em meu universo
Esquentando o meu ser tão frio
Com pequenas palavras nesse grande Rio..
Em chuvas os teus olhos, 
refloriu o meu jardim 
Estava triste no mes de abril 
Estavas triste longe de mim ! 
Mas o teu sorriso hei de conquistar,
O teu coração, hei de fazer sorrir ! 
Meu amor é só teu ! 
Só existe você, aqui dentro de mim .. 

Não foi janeiro e não mais será .. 


Veneno


Tão puro o licor
Do sentimento a te rondar
Veste teu amor !
Mas o ódio vem lhe visitar
Não seja pura !
Nada está como deveria
Pega a água suja
Beberia e beberia
Para nunca mais lhe machucar .. 

( ... ) 

quarta-feira, 8 de abril de 2015

O erro mais certo


Eu fui um erro
Que lhe ocorreu tão certo na vida
Mas que na ferida
Você percebeu
Que já bastava a última ida
E que não queria lembrar do que sofreu.

Amou tantos amores
Que em um deles, teus sabores
Deixou de existir
Eu apaixonada escutei rumores
Que já não é mais feliz.

Abracei teus receios
 Lhe tirei os medos
E deixei a vida te guiar
Fui atrás sem saber direito
Se você queria ou não ficar.

Eu beijei todos os teus risos
E nos teus lábios eu vivi
Talvez um tanto isento de teu paraíso 
Eu deixei teu brilho
Para um outro alguém que lhe surgir.

Então você voltou
No erro mais certo
Poderia eu dizer
Mas foi esse teu defeito
De sempre procurar meu jeito
Que me fez amar você.

Chuva das estações



Era uma chuva de verão
Verão tão inverno
No outono das estações
Em que no frio eu perdi meu verso
E não mais o encontrei
Pois a chuva lavou meu coração
E tudo o que um dia eu amei
Se perdeu na imensidão.
Agoniada chove hoje primavera!
Solte tuas feras!
Que no verão eu não vi.
Chove hoje meu outono!
Chorando em abandono
Do inverno que não mais existe em mim!

sexta-feira, 3 de abril de 2015

Lembranças de um momento


Por um momento, só queria sentir as risadas que tínhamos antes
Fluir nos pensamentos, até no fundo, soar irritante
Em um sentimento, só queria que voltasse os instantes
Antes do isolamento, da alma que era mais amante.

E nesse momento que se passa, só queria conversar de novo
Como fazíamos de madrugada, quando tudo ainda era pouco
Uma proteção tão delicada, que surgia de um sentimento que julgávamos oco
Transformava-se em arma, tirava-me os medos mais loucos!

E no mês de Abril, 
Quando enfim apareceu
O meu céu tu coloriu
O meu sorriso então cresceu.

E nesse mesmo tempo
A chuva me enlaçou
Pois as lembranças de um momento
Foi apenas o que me restou.