quarta-feira, 30 de outubro de 2013

M. III


Os olhinhos admirados,
Acompanhavam-me ao ir embora.
Queria descer e ficar ao teu lado,
Escutando-o falar de outrora.
Ver teus olhinhos brilhantes e sonhadores.
Que me enche de amores.
Escutar suas desculpas para fugir de elogios,
Mas você é mesmo magnifico!
Olha só o seu sorriso!
Os teus olhos!
São ambos tímidos.
Isso que os tornam graciosos.
E você ao falar vai as alturas.
Tirando-me as amarguras.
Levando-me às estrelas.
Amo ouvir tua voz melódica.
Que arrancam-me das profundezas.

terça-feira, 29 de outubro de 2013

M. II


Adoro seus olhos consoladores.
Enquanto falava olhava-me divertido.
Acalma minha alma,
Espanta minhas dores,
E apenas contavam-me das confusões que tinham lhe acontecido.
A leveza de teu falar
Levava-me a voar contigo.
Talvez aos céus,
Ao léu,
Nas margens dos rios,
Embora mergulhasse no doce mel de teu olhar.
E ali eu permanecia falando sem parar.
Muitas vezes te interrompendo.
Fui me envolvendo devagar.
Teus doces olhos,
Adocicou meu coração, minha alma.
Melou meu sorriso com tua calma,
Dês da infância roubada.
Gosto de te ouvir contar histórias.
Os teus olhinhos me consolam.
_ Não quero ir embora!
Quero olhá-lo e ouvi-lo falar de suas memórias.

segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Querida matemática...


Em 3Ö 3 árvores me encontro.
Seno na rede, cosseno as costas tangente na árvore.
Matemática e seus ângulos.
 Indicados num almaço.
Fazemos as contas,
Não há resultados.
_Calma mocinha!
Diz a professora.
Não era ela que fazia,
A prova sem calculadora.
Não há mais tempo
Meu coração palpita.
Tangente, Cosseno e Seno.
Sina de minha vida.
Pitágoras entra,
Com o alfabeto ao quadrado
E o ângulo de noventa
Repousa no triângulo retângulo para o cálculos.
Já não sei o que fazer!
Amo essa matemática.
Mas não consigo compreender
Sua lógica, ela não é exata.
Se 6 é para 10.
3 é para 5 e não para 6.
Estou embaralhada,
Par com par,
Impar com impar.
Sei que não vai funcionar.
Vishhh entendi!
Os múltiplos combinam.!!

Fracasso


Não quero mais ouvir!
Pare de gritar!
Não quero mais chorar!
Não quero mais sentir!
Não amo mais...
Não sinto mais...
Sou seca...
Amarga...
Pálida....
Sou cheia...
De facas...
Afiadas...
Amanhã não está...
Amanhã não chegará...
E nem passará...
 Na noite irei deitar...
No leito em pranto irei chorar...
Pois ontem presenciei meu coração rachar...

domingo, 27 de outubro de 2013

A realidade jamais vista


Não exaltem o que não devia ser exaltado!
Não faça o que não devia ser feito!
Não espere o que não devia ser esperado!
Não ponha qualidades no lugar dos defeitos!
Não incentive o que está errado!
Não aperfeiçoem o que não devia ser perfeito!
Nem invente amores aos que não devem ser amado!
Não grite por sonhos que permanecem em bueiros! 
Não olhe o que não devia ser olhado!
Não ponham beleza no que é feio!
Despreze o que devia ser desprezado!
Despreze a mim, eu não tenho medo!
Não sinta o que não devia ser sentido!
Não toque no que não devia ser tocado!
Não sorria para o que não devia ser sorrido!
Não encorajam o que não devia ser encorajado!
Não mate o que não devia morrer...
Não viva no que não devia viver...
Morre por tentar viver despercebido
Vive por tentar morrer camuflado!
Não olhem surpresos para o que não devia ser surpreendido.
Não faça expressão de apego ao que já foi desmascarado!
Não existe mais contado, pois encontra-se jazido...
Em túmulo desalento encontra-se de olhos fechados.
Não abrem portas que não deviam ser abertas!
Não colore o que não devia ser colorido!
Faz de cinzento o túmulo com espadas!
Tinge de negro o cadáver amigo!
Não cantes louvores ao que não devia ser louvado!
Não ponha amor ao que devia ser sofrido!
Não veja-me sem pele, sem osso, sem tato!
Não veja-me em estúpida hora de conflito!
Não fantasie o que não devia ser fantasiado!
Não ponha fadas onde não devia por!
Agora vejo a real realidade desmaiada!
Sonhando com a paz e o amor!
Não pergunte o que não devia ser perguntado!
Não esqueça o que não devia ser esquecido!
Pois agora nasce um objeto de porcelana trincado,
És uma boneca que esqueceu seu sorriso!



quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Declaração para uma Garça...


Uma declaração pra você vou escrever...
O vento o trouxe para meus braços em momentos sofridos
Conquistou meu coração com teu jeito meigo de ser...
E ajudando-o viramos sinceros amigos.

Teu voar me trouxe uma paz inesquecível,
Falávamos sobre sonhos, futuros e casos já acontecidos,
Me fez sorrir de um modo impossível,
Me senti contente de ter te conhecido...

És a Garça que voa em meu céu,
Como uma pluma tímida,
Os olhos tão claros e doces que brilham ao léu,
Me fez ver o lado bom da vida...

Diz que o faço pensar,
Mas tu também exercita minha mente,
Só o faço refletir para não se decepcionar,
E você me faz viver livremente...

Tua amizade é querida,
Mesmo que no amanhã não irei mais lhe ver,
Sempre conversarei contigo, a minha alegria!
E tudo o que me passou, jamais irei esquecer...

És um grande amigo amado, 
Que tem milhões de qualidades,
Espero que realize seus sonhos do passado,
E que apenas goste de nossa amizade...

terça-feira, 15 de outubro de 2013

H&A. I


Queria vê-lo novamente
Como na primeira vez que o vi
Mas no canto brincando quieta,
Minha cabeça não estava ali.
Onde estará agora?
Nos braços do Pai...
Sinto-o perto de mim,
Fazendo com que a tristeza se vai.
Agradeço preces...
Agradeço amores...
Revivo lembranças,
Com muito mais sabores...
Oh avô querido!
Luz de minha caminhada
Faz de mim uma pequena criança,
Que não anda sozinha nesta estrada.
Queria ver teu sorriso, 
Sentar-me novamente em teu colo,
E encontrar em ti meu abrigo,
Que hoje de mim foge...
Mas sei que aí é seu lugar,
Mesmo longe, vou te amar...
E num futuro próximo quem sabe?
Irei de encontrar!

Dia dos professores


Comemoremos educadores!
Comemoremos pensadores!
Comemoremos pesquisadores!
Comemoremos professores!

15 de outubro és o dia.
De descansos para os docentes.
Pois ensinam com maestria,
E formam crianças e adolescentes.

Professor hoje em dia,
Não é dono da razão,
Mas é ele que ensina,
Com amor e dedicação.

Professor também é aluno,
Estuda e pratica com competência,
Aprendendo vários assuntos,
Que nos é passado com paciência.

Professor é uma bela profissão,
Que é exercida com coração.
Educar é a paixão,
E todos professores passam por essa missão...

sábado, 12 de outubro de 2013

Crianças


Corre, corre, corre... 
As crianças se agitam.
As tranças saltitam.
E as imaginações ecoam...

Corre, corre, corre...
Oh! castelos e muralhas,
Fadas a bater as asas
Nas fantasias voam...

Corre, corre, corre... 
Já não queres mais correr, 
No chão sentam, e passam a ler,
E nos livros sobrevoam...

Corre, corre, corre, 
Criança jamais se cansa, 
No chão desenham uma ave mansa,
Onde o cantar dos passarinhos entoam...

Corre, corre, corre... 
É pique, é amarelinha, 
É caracol, é estrelinha,
Jogam bola e não enjoam...

Corre, corre, corre... 
Criança não envelhece, 
Criança que é criança jamais esquece,
Das pessoas especiais que se foram...

Corre, corre, corre, 
Pois todos somos crianças... 
Não perca as esperanças, 
Apenas corre e solte suas tranças...

sexta-feira, 11 de outubro de 2013

Meu Palco


Era pequeno aquele palco. 
Porém cheio de lembranças. 
Que saudade sinto daquele espaço! 
Onde atuavam loucas e crianças. 

Numa praça tudo acontecia, 
Falavam sobre lixo e pássaros. 
E ali também passava mendiga, 
E o bêbado recebia assaltos. 

De vagar se ia pra não matar. 
Mas ainda nos sentíamos nervosos. 
No palco vi muitos se emocionar, 
Saímos de lá vitoriosos. 

Oh querido tempo de palco! 
Tu tiraste um pouco minha timidez.
O professor Edson marcava os passos, 
Para ensaiarmos outra vez... 

Ficávamos dias ocupados,
Era cenário, falas e figurinos... 
O camarim feito de mesas e elevador tapado,
Onde nos trocávamos para no palco novamente subirmos.

Apenas uma foto me fez lembrar
Desses velhos tempos que fui louca, 
Onde todos subiam lá a atuar, 
E ouviam-se "Ah mããe... Conta outraaaa!"

quinta-feira, 10 de outubro de 2013

D'alva


És o diamante da noite.
Tão silente reina nos céus.
Oh D'alva minha estrela entorpe,
Tiras-te o teu negro véu?

De tão intensa é atraente.
Anseio todo o luar pelo teu brilho.
Oh D'alva minha estrela reluzente.
Reluz em minha face o teu iluminar atrevido.

És a mãe das Três Marias,
Oh D'alva, minha D'alva!
Meu coração por ti poetisa.
Rezo nas mil romarias,
E juro que em ti me acalentavas!

Oh D'alva, minha D'alva!
Ilumina minhas noites sombrias.
Mulher dos Três Reis esquecidos
Que brilham no céu, a alva!
Olhando-nos embevecidos. 

quarta-feira, 9 de outubro de 2013

M. I


Foste embora para nunca mais voltar.
Levou corações e almas,
Que conquistou com um olhar.
O timbre e tua voz
Enlaça minhas noites de tormenta.
Aquece meu sorriso torto com uma simples coincidência.
Sei que vai sorrir...
Sei que irá permanecer...
Pois num cantar te reconheci.
E no teu voar me encantei.

Um certo olhar


Um olhar...
Que perdeu
Que sente inveja
Que por ventura esqueceu.
Um olhar sombrio
Que desvaneceu
Que perdeu o brilho
Que quase morreu.
Um olhar indagador
Que fez ruínas
Que conquistou corações
E me fez de inimiga.
Um olhar que não amou
Que deixou de respeitar
E não conquistou.
Um olhar sofrido
Que se faz de frio
Que perdeu o brilho
E se enterrou.