sexta-feira, 29 de novembro de 2013

A Destruidora Política.


Um círculo político.
Em meio a politicagem.
Não sou a melhor pessoa para falar sobre isso.
Não sei degustar a coragem..
Não destruo sonhos fortalecidos.
Não os coloco perante a sociedade.
Não quero que faça isso comigo,
Não me mostre a realidade!
A cada passo torno meu universo rico,
A cada esquina alimento meu caráter.
Um grão do passado, presente e futuro jaz comigo,
Tornando meu universo tua felicidade.
Me conheceu assim com todo esse abismo,
Não mudei, mostre para ti mesmo essas verdades.
Pois se pensou ter encontrado alguém com pensamentos fortes políticos,
Perdeu teu caminho, pois não acredito que seja essa a salvação para a humanidade.

terça-feira, 26 de novembro de 2013

A saudade


Já não existe mais saudade,
Embora em teu universo irei viver,
Continuarei amando sem poder ter,
Escreverei hoje em minha realidade.

Meus versos encantam a quem sabe ler,
E eu de ignorante observo minha liberdade
De tudo tenho saudade!
Quero novamente voar em meu castelo e a tudo pertencer!

Como pensar em minha criatividade
Tentando no momento compreender.
Como fiar sem tecer
Como acalentar essa saudade...

Escondido, mais de um ano sem te ver.
Não toquei, não falei, não tive coragem.
Hoje em mim vive a saudade,
Por que deixei de te escrever?

Amar sem distância, esta é a vontade.
Já não quero me esconder,
Pois hoje lembro-me que tinha que te proteger!
Com melancolia sinto saudades!

Não posso te esquecer.
Onde ficaria minha tranquilidade?
Como enterrar essa saudade,
Se eu te visse morrer?

Sim, já flutuei em sua mocidade,
O senhor de fato me fez sofrer,
Hoje me culpo, por culpar você.
Porque de ti sinto muitas saudades!

(Dedicado à "O mistério do diário" - Elizabeth e Arthur) 


Minha Memória


Ainda abalado, chora o coração ao recitar.
Com jeito de fraco descobrindo-se amado, sorrir por conseguir lembrar.
Em minha memória o fracasso, por tentar juntar
As palavras no almaço, o que faço eu para criar?

Gotas saliente, na janela há de permanecer,
Encontram-se contente, na chuva as irmãs há de conhecer.
Sobre minhas memórias doente, chora ao amanhecer.
_ Não lembro, não force minha mente! _ Grita sozinha por não querer sofrer.

No odor de um simples papel, árido e seco,
Carregando como escravo um cordel, escrito ás lágrimas de desespero.
Em minhas memórias o fel, escondem meu próprio medo.
Branco como nuvens que avassalam o céu, e nele meu mais puro segredo.

Nas palavras se fazem versejas, tinta negra oprime a pluma,
Juntam-se sozinhas sobre as veredas, de um pergaminho de tez obscura.
Em minhas memórias fortalecida de enveja, absorve tua ternura.
Temo que apenas seja, minha insensível paixão escrita à amargura.


segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Sinto sua falta



De todos os sorriso que a mim pertence,
Sinto falta do seu.
Com um leve arquear contente
Que expõem-se diante de mim, belo presente que me deu! 

De todas as vozes que escuto,
Me faz querer escutar a sua.
Puxando o R o som musical que furto,
Para ouvir a melodia de uma doce voz profunda.

De todos os olhos que vejo,
Quero ver o teu.
Presenciar a timidez acastanhada de um lampejo,
De teus meigos olhos de mel que me prendeu.

De todo perfume que sinto exalado,
Quero sentir o seu.
O desabrochar floral que permanece em minha blusa depois de um abraço.
O exalar imortal que em mim se perdeu! 

sábado, 23 de novembro de 2013

Buquê


Ali havia o exalar de um buquê,
tão verde, pois nasceu de uma planta.
O cheiro de coentro estava a me envolver,
Acompanhado com a salsa e cebolinha nas mãos de uma criança.
De lábios brilhosos com a tímida tez,
Perfumando sem raízes,
Observava eu, o balançar de seus pés,
Enquanto o barulho do terminal cessava com minhas crises.
Que bela inocência!
Temperava com naturalidade meu coração.
E com magnifica decência,
Levava a criança, o buquês nas mãos.


segunda-feira, 18 de novembro de 2013

O Beijo da Morte


Chamaste-me ó leito?
Chamaste-me ao feio
Rubor da face pálida,
Que jaz em túmulo desesperada.
Esperando o Beijo
Do amor em vida destinada.
Sem gosto de doce.
Ferro ferido ao sangue.
Sem gosto de sal.
O veneno tornou meus lábios infames.
E nele o beijo trouxe
Meu intimo animal.
Como vida Bela
Mostra-me nela...!
Como vida injusta
Cubra-me os olhos das verdades cruas.
Chamaste-me beijo?
Chamaste-me vida?
Com tua alma fria.
Chamaste-me a morte,
Ao beijo da ida 
Para que tudo em minh'alma retorne.

domingo, 17 de novembro de 2013

Primavera


Bom dia raios solares,
Bom dia sal dos mares.
Hoje acordei sua,
Vendo a primavera partir em suma.

Bom dia céu azul,
Bom dia vento sul.
Hoje acordei animada,
Vendo o clarear de minha primavera ensolarada.

Bom dia flores coloridas,
Bom dia orquídeas, lírios e margaridas.
Hoje escrevo para ti com alegria,
Vendo a primavera com devida nostalgia.

Bom dia perfume exalado,
Bom dia calor consumado.
Hoje acordei numa manhã tão bela,
Vendo, portanto, minha primavera.

sexta-feira, 15 de novembro de 2013

Meia noite


Meia noite, o correr da Cinderela.
Meia noite, a carruagem em abóbora se transformará.
Meia noite, em noite bela.
Meia noite, espero você entrar.

Meia noite, deitada em minha cama.
Meia noite, lembro-me de teu mais belo sorriso.
Meia noite, peço desculpa minha ave mansa.
Meia noite, e eu já não consigo...

Meia noite de ontem prometi a ti,
Meia noite sorrindo em meio as lágrimas.
Meia noite esperava você surgir.
Meia noite, e ainda estou baqueada.

Meia noite, Andorinha!
Meia noite, onde a lua está a pino ao negro céu.
Meia noite, ilumina tua face linda!
Meia noite,  num coro, corujas cantam ao léu.

Meia noite sussurram tua voz em notas musicais.
Meia noite me deitarei.
Meia noite o feitiço se desfaz.
Boa noite Andorinha, pois contigo sonharei.

quinta-feira, 14 de novembro de 2013

A cavalaria do século XXI


“Ide vós brincar?”
Em prantos ao leito, surge-te imagens,
Sem dinheiro, passa-te fome e ainda tens coragens de vos falar.
De face rosada, pai de 4 crianças esfomeadas, que brincam em estalagens
Sorrindo para vós a encantar.
Como amargo fel, sentia-te. Vergonhoso, trabalhava sem vontade,
Já nem sabia do que reclamar.
Em desespero desalento vivia, com os cárceres de suas dividas,
Já não mais sorria para quem do seu lado passar.

“Ide vós brincar?”
Sem ânimo o senhor de meia idade mexia-lhe o corpo,
Com devidas fraturas, o peito ainda doloroso,
Pois em ver-te as crianças com fome, Senti-lhe a amargura
Que brotava longe num obscuro e não havia mais anjo para tal criatura.
“Não brinco, trabalho para ti”
Mas sempre a mesma pergunta há de repetir.
“Ide vós brincar?”

“Cala-te inferno, cala-te a boca”
O corpo magro mexia os lábios secos, pois lhe faltava água.
Andava sobre o asfalto em todas manhãs ensolaradas,
Sem alguma proteção, sentava-te num canto calado escrevia-lhe sobre suas filhas e seus graciosos nomes.
Em chuvas, seja primaveril, seja veranil encontrava-se em seu lar ao lado de suas meninas,
Acariciava-lhes a barriga,
Que doíam-lhe de fome.

“Acalmam-se minhas santinhas, acalmam anjinhos meus,
A vida há de sorrir para ti, a vida há de reflorir sobre os olhos teus,
Depositando fé e enormes arranjos de felicidades, exalarão perfumes sobre tuas caridades,
Exalarão teus perfumes minhas pequenas raridades.”
Então dormiam as 4 pequeninas onde sonhavam com teus mundos fantasias,
E sobre a cavalaria do Século XXI andava descalços de já pés surrados o pai a trabalhar com vossas poucas energias
Que lhe sobravam naquelas horas em que chuva vinha, embora ainda em agonia
Pensava em quando acordar.

“Ide vós brincar?”
Quando não trabalhava desmontava os móveis da casa,
Prendia-lhe a atenção, e com exatidão montava,
Quebrava em tempos de raiva e consertava quando se acalmava.
Oito olhinhos presenciavam angustiosos vossos momentos,
Corriam paras os braços ossudos do pai desnutrido, olhavam sobre penosos acontecimentos.
E diziam “Com vossa força suportamos os longos caminhos, e agora nesses tempos retraímos,
aceite-nos pai, contigo trabalharemos e essa miséria iremos enfrentar,
morre-te de fome, não iremos mais deixar.”.
Em desespero balançava a cabeça. Anjinhos não trabalham, dizia então o adoecido.

“Ide vós brincar?”
A dividas aumentavam, o corpo lastimava as últimas horas de sua vida
O enfermo nem andar conseguia,
Os últimos móveis haviam vendido para comprar o que comer,
As meninas divertiam-se com rasgados jornais que encontram em ruas,
Ou livros velhos que os sebos doavam,
Televisão já não existia para aquela família de desgraçados.
E o pai enfermo lutava para alimentar as dividas cruas,
Para sair da penúria que enfrentavam.

“Ide vós brincar?”
Quando sepultado, banhado de ódio e clamor,
Quatro crianças restaram ao mundo, e cuidavam de vosso pai com amor.
Cantavam melodias ao podre corpo que ali jazia,
Sem ninguém, abandonado morria,
Pois a família enfrentava aquela guerra sozinha.
O pai de olhos entreabertos, de peito estufado,
Olhava as quatro meninas que observam de olhos vidrados,
Esperando um levantar, um sorrir, um viver...
Mas orgulhoso como tal, nada podia fazer, a não ser morrer...

“Ide vós brincar?”
Faça-te essa pergunta a vosso pai,
Não encontra-se mais em tal miséria, mas é o suficiente para vós entender
Não morreu de fome, mas por sofrer,
Tão depressivo e amargurado, não via-lhe os céus que brilhavam,
Não sentia o perfume das flores que a mesma exalavam,
Não sentia orgulho das lágrimas que os pêsames ,lavavam
Nem mesmo vivia na vida que as quatro meninas estavam.
“Ide vós brincar?”
Sim, Iremos nós brincar.
E na cavalaria quatro pequenas meninas irão montar.
Pois no século XXI, queriam ver seu pai voltar.

Ide então brincar.

M. VI


Como parte o coração saber que não o verei,
Saber que ficarei mais cinco dias sem escutar o som doce de sua voz.
Sinto falta de seu perfume adocicado.
E teu olhar delicado.
E de seu tímido sorriso encabulado.
Como queria entrar no ônibus e te procurar,
Sentar-me ao teu lado,
E apenas conversar.
E nos céus, as horas iriam voar...
Sua voz me aqueceria ao frio,
Observaria teu jeito acanhado de se balançar.
Que saudade sinto...
E nela hoje vivo...
E com algumas lembranças, irei te esperar.
De noite e de dia,
Pois sinto falta de contigo estar.

segunda-feira, 11 de novembro de 2013

JL. I (Meu pai querido)


Sendo eu, te entendo.
Sendo meu, te escuto.
Sendo teu, torno ameno
Os problemas perenes e escuros.

Sendo filha, me preocupo.
Sendo pai, te admiro.
Sendo amiga, de ti cuido
Com toda devoção e carinho.

Sendo alegria e tristezas, é meu modelo masculino.
Sendo sol e chuva, o herói que necessito.
Você faz minhas estações do ano.

Sendo teimoso, pareço-me contigo.
Sendo feliz e contagioso, és meu pai querido.
Você é o homem no mundo que mais amo!

domingo, 10 de novembro de 2013

Celestial


Nos céus, nas nuvens, nas estrelas o via.
Em tons celestiais se encontra,
Em meu coração o sentia,
Quando conversava Contigo nas noites de insônia.

O silêncio, Teu mais profundo conselho,
Perfumava os avassalados problemas de meu coração,
E Tua calma silenciosa tranquilizava meu peito.
Meu Pai, sinto falta de sua proteção.

Estou cega, já não consigo vê-lo.
Estou em desalento, chorando sozinha em meu leito.
Mande-os pararem de brigar.

Estou cansada quero conversar contigo,
Estou sozinha, Tu eras meus melhor amigo.
Apenas quero me deitar e novamente tentar rezar.

sexta-feira, 8 de novembro de 2013

O nada


De tão silente, é atordoada
A raiz crescente da música entoada.
Em melodia comovente, dança a moça intocada,
Surge-te então no nada.

Dona de um sorriso atraente, sorri cansada,
A cor d'alva reluzente, brilha em tua alma
Em brilho negro carente, dorme ainda calma.
Desmaia-te então no nada.

Em pensamentos contentes, vive encantada.
Voa em tempestades doente, a moça arruinada.
Nas primaveras docentes, aprende a viver perfumada,
Exala-te então no nada.

Da amizade perene, sorri encabulada.
Em chuvas banha-se, enche, em canção ruborizada.
De olhos fechados sente, o cansaço da noite passada.
Enterra-te então no nada.

Uma voz irada preenche, na moça distraída mandava.
Gritava em teu ouvido o tom latente, enquanto ouvia-lhe calada.
Escrevia sobre o cansaço presente, palavras vazias e rasuradas.
Escreva-te então no nada.

Uma simples alegria decente, contagiava a estrada.
O inverno tua companhia recente, enxugou-lhe as lágrimas.
E no céu a estrela cadente, pediam o que não se realizava.
Corra-te então do nada




quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Boa noite


Queria ficar aqui conversando sem parar.
Ouvindo sua voz soar no quarto,
Imaginando seus olhos brilhar.
Teu sorriso é como um abraço,
É alegre, me aquece, me faz voar.
Imaginaria teu rosto timido,
A me observar.
Já é meia-noite e me faz corar.
Passaria novamente a madrugada acordada,
Com o Zumbi Dorminhoco a conversar.
Treinando desculpas engraçadas.
É uma original noturna,
De uma timidez crua,
Que me faz sorrir encabulada.
Boa noite lhe desejo,
Pois tenho que descansar.
Embora lembrarei com gracejo,
Dos teus olhos tímidos ao falar.
Boa noite lhe desejo,
Pois você tem que descansar.
Lembrando de ti  dormirei em meu leito,
Pois com teu sorriso quero sonhar...

terça-feira, 5 de novembro de 2013

Fique minha Andorinha


Não! Não se vá mais.
Agradeço pelas conversas noturnas.
Pela companhia de corujas,
Pelo rio de lágrimas que enxugais. 
És minha Andorinha,
E só minha,
Permanece em meu ninho quietinha,
Venha cantar para mim reflorindo meus dias.
Faz novamente de meus invernos os mais quentes,
De meus verões os mais instáveis,
De minhas esperanças as mais saudáveis.
E mesmo longe em meu coração está presente.
Não quero que se vá.
Ainda tenho medo da noite.
Das sombras e os barulhos rangedores,
Tenho que escutar teu canto para me acalmar.
Andorinha, Andorinha, 
Pode descansar,
Pois os meus sonhos fazem você voltar,
Mesmo que já seja de manhãzinha. 
 Meu coração alegre sorri para ti,
Festeja e comemora,
Agradeço por entrar em minha história.
Agradeço por não querer partir.

segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Todos as chances


Nas fantasias de meu coração
Vejo teus olhos...
Tão sinceros, amenos e brilhosos.
Cheio de emoção.
Não!
Fuja, não fique ao meu lado.
Tenha outra vida,
Dou-lhe a liberdade, cure tua ferida.
Fuja de mim como eu mesma faço.

Vamos passarinhos!
Voe para bem longe.
Fuja de meu ninho, caça teu caminho.
E esquecem meus loiros cabelos da fonte.
Não!
Não toque em meu peito.
Estou doente, carente e seca.
Estou só como uma vespa.
Cheia de venenos durmo em meu leito.

Esquecem minhas poesias!
Ela são feitas de palavras solitárias.
Elas não enxugam minhas lágrimas.
Elas são cheias de vidas vazias.
Não!
Não diga que são belas.
Não deem esperanças.
Fujam minhas aves mansas!
Fujam de minhas feras.

Vocês tem todas as chances.
Voe com todas as forças.
Deixe-me com as negras moscar.
Dixe-me morrer de fome!
Não!
Não cuide de minhas asas.
Vôo amarga como o fel.
Em desespero perdi-me no céu.
Não cuidem de minha alma abandonada.

sábado, 2 de novembro de 2013

M. V


Agora nas flores vejo teus olhos.
Tão cheios de vida! 
Repletos de poesias
Ainda calmos...
Talvez por causa da sinfonia,
Ou por causa da alma florida
Que vi na melodia.
E teu sorriso fez brotar a minha alegria
Com teu voar de Andorinha.
Me presenteou com tua companhia.
Agora vejo a tua beleza
Sobre as flores, a natureza
Em tua alma tão bela como as estrelas.

sexta-feira, 1 de novembro de 2013

Perfeição


Perfeito olhar,
A arquitetura de André Carloni,
Ao estilo neorrenascentista do Theatro Carlos Gomes.
´Perfeito ouvir,
A abertura de ópera de Fidélio, concerto nº3 de Beethoven e a 7° sinfonia de Prokofiev.
Ao observar o teto e as pinturas de Homero, e a orquestra da OFES.
Perfeito sentir,
O cheiro floral de minha companhia.
Enquanto eu ali ouvia,
Chorava e sorria,
Em meio as sinfonias violinistas.
Perfeito perceber,
Que ainda estou viva,
Que existe cores em minha estrada,
Cor de flores e prateadas.
Perfeito a alegria,
Que Prokofiev colocou na melodia,
O som da ciranda, 
Eu me vi como criança.
E chorei...
Pois estava ao lado do perfume de minha infância.