quinta-feira, 8 de dezembro de 2016

Achei que fosse flor


Todos os segredos que carrego aqui no peito
A dor de perder é o que me mantêm viva
Sinto! Oro! Vivo! Choro! Tenho medo
De perdê-la por ai, a qualquer dia.

Por ela ser uma ave solta
Achei que voaria sem rumo para longe de mim
Mas eu me esqueci que ela ainda nova
Não sabe voar sozinha pelo jardim.

Cortaram-me as asas!
Não posso te ensinar a voar
Achei que fosse flor
E não um pássaro a cantar.

Cortaram-me as asas!
Não vivo mais sem ti
Por favor, seja flor novamente, crie raízes, cresça, nasça
Não me deixe sozinha aqui.

Confissões ao Rio De Janeiro III



Eu amei Rio de Janeiro
Eu a amei mais do que deveria
A tirei de teus meios
Sem saber que lentamente a perdia.

Eu amei Rio de Janeiro
Amei mais do que aguentaria
Transbordei saudade o ano inteiro
E depois no vazio, mal sentia.

Eu amei Rio de Janeiro
E ela mal sabia
Confesso que a amei muito em segredo
E a maior parte ela dormia.

Eu a amei Rio de Janeiro
E ela nem sabe da verdade
Devolva-me! Pois só ela me faz cheio
Só ela tira essa saudade.

Eu que te amo


Toda coragem passou tão perto, mas não ficou
Todo o receio voltou a reinar em meus devaneios
E aquele medo parou na porta, mais uma vez estacionou
Meu coração virou garagem de uma embreagem sem freio. 

Todo o interno de minha alma cuspiu
E aquele amor me aconchegou
Feito lã pura, um casaco, uma blusa
Um abraço que meu peito mais uma vez não encontrou.

Eu que te amo, viveria essa confusão por você
Partiria meu coração, para salvar o teu deste abismo.
Te faria feliz sem você saber
Deixando teu amor andar por ai sorrindo.

Eu que te amo traria o céu para o inferno
Vestiria o diabo de anjo
Faria de tudo para não perdê-la é certo
Nem por um segundo de engano,