quarta-feira, 20 de junho de 2018

Minhas primaveras



Eu não sou cacto, cruento
Nem erva daninha, veneno
Sou flor, carisma, vento
Jardim de amor e alegria de Setembro a Setembro.

O mar Nela


Aquela suavidade voltou à tez tão singela e congelada
Derretendo de amores a moça bonita, desarrumada
Em teus cabelos curtos esvoaçavam com o vento
iam e vinham como as ondas de um mar intenso

Teus olhos olhavam-me sorrindo
E teus lábios curvavam-se do perigo
Teu beijo tão doce e agradável eu não senti
Foi tão rápido, uma ode instável, que a maresia tomou de mim.

Cada passo seu, lento e silencioso na areia da praia
Inclinava-se o corpo, mas não me tocava
Era como um caminhar silente e embriagado contra o vento
Querendo provar o caule adocicado de teus movimentos

E então parei em tua face rosada devido ao frio
Com nariz arrebitado e um sorriso fácil, animado cheio de próprio brio
Observei o mar castanho claro de seus olhos enchendo
E meu coração pulsando mais forte apaixonado pelo teu silencio ...