Era dia, mas o coração não sentia
Queria apenas adormecer em outrória.
Era dia, mas o corpo todo se retraia
Pelas lembranças, dada ás certas memórias.
Sabia que seu cheiro estava naquela cama
E deitou em seu travesseiro
Quis adormecer, mas chorou como criança
Derrubada, pelos seus devaneios.
Tentou se levantar, tentou se reerguer
Abriu a cortina, olhou para o dia
Deixou a luz entrar, mas não quis comer
Fechou a cortina, deixou o azul entrar como na primeira vez que dormira.
Vagou por dois aposentos
Talvez perdida, sem rumo, sem vida
Procurou por algo em seus pensamentos
Mas o algo que queria, ali nunca mais estaria.
Estava sozinha, estava com medo, e todos os seus erros
Ela tinha que admitir
Deitou novamente buscando seu cheiro
Deitou novamente buscando seu cheiro
Não havia mais como os redimir.
Era dia, mas o corpo não sentia
Era como se um veneno a derrubasse
E deitada ela sabia
Que o amor só era bom, enquanto durasse!