quarta-feira, 20 de março de 2019

Era dia ...


Era dia, mas o coração não sentia
Queria apenas adormecer em outrória.
Era dia, mas o corpo todo se retraia
Pelas lembranças, dada ás certas memórias.

Sabia que seu cheiro estava naquela cama
E deitou em seu travesseiro
Quis adormecer, mas chorou como criança
Derrubada, pelos seus devaneios.

Tentou se levantar, tentou se reerguer
Abriu a cortina, olhou para o dia
Deixou a luz entrar, mas não quis comer
Fechou a cortina, deixou o azul entrar como na primeira vez que dormira.

Vagou por dois aposentos
Talvez perdida, sem rumo, sem vida
Procurou por algo em seus pensamentos
Mas o algo que queria, ali nunca mais estaria.

Estava sozinha, estava com medo, e todos os seus erros
Ela tinha que admitir
Deitou novamente buscando seu cheiro
Não havia mais como os redimir.

Era dia, mas o corpo não sentia
Era como se um veneno a derrubasse
E deitada ela sabia
Que o amor só era bom, enquanto durasse! 

sábado, 16 de março de 2019

A batida da Boate


Na dança
Balança
A busanfa
Façanha
Risonha
Momentânea
Fidelidade

No olhar
Que queria
Sorria
Se abria
Seduzia
A menina
Morena da flor da idade

Na noite
Bonita
Tão tímida
Sozinha
De batom vermelho
Se mexia
Na batida da boate

Largada
Pela conversa
Pelo carisma
Da menina
Que dançava
Na energia
Do destaque

Deixada
Bebendo
A cerveja
Amarga
No fim da festa
Indaga:
E de mim, tu lembraste? 


quinta-feira, 14 de março de 2019

Pé de Feijão?


Sobe aos céu, sem olhar o chão 
pelo galhos espalhados 
Seria um pé de feijão? 
Parece mesmo um tanto encantado 

Sem temer, se machucar ou causar um arranhão
Ele foi la pra cima querendo arrancar do pé seu fruto 
Para distribuir pelas ruas, entre os amigos, companheiros e ate quem não conhece não 
Dando alegria a onde passa, distribuindo generosidade a todo mundo! 

Mas seria o João? Do pé de feijão? Eu creio que não. 
Não há gigante nessas terra 
Generoso ele continuou a distribuir seu pão 

Ele não é João e o pé não é de feijão! 
Ele distribui amor, alegria e inspiração para uma poeta 
Seu nome é Jorge e o pé é de Fruta -pão.

*

  Para meu querido pai amado  

Metamorfose


Corações corroídos, buscando algo que comprove
Mudanças drásticas da alma em silhueta
Desenhando o desconhecido durante a metamorfose
Da lagarta que virou Borboleta.

Nosso voo pode ser curto, mas o coração é enorme
Voamos descontentes pelo Saara procurando o que se deseja...
O poço dos desejos? A lâmpada do gênio? Sem sorte!...
Querendo que eu fosse aquilo que havia sido a infância inteira.

Não há de se negar a mudanças dos fatos
Nem mesmo a quem queira
Não nasci para rastejar no mato
Nasci para voar como Borboleta!

Impossível dizer-me o que quero ser
Dá-me um par de asas e terá a certeza
Meus pés não nasceram para ficar no chão e se derreter
Nasceram para voar, como voa a Borboleta!

Ser ou não ser?


Eis  minha questão...
Como pode voar e rimar?
Bate as asas silenciosas
Escreve verso prosa
Perdurando a indagação.
És livre para encantar a qualquer um
Mas continua encantando um voo comum
Que já não se vê alastrado, cobalto, num céu azul
E há de haver exclamação
O canto leve
De ode agradável
Voa e escreve
Poesia insaciável
Em meio a multidão
Se bate as asas, voa e rima
Eis minha questão...
Em ti, você acredita?