segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

Falar de amor


Nem mesmo o melhor motivo do mundo seria motivo,
As falas já não falam mais.
Em tua face apagou o risco do sorriso
Que tanto me trazia paz.

Tanto exagero que já não cabe no peito,
Os gritos calados ecoam a todo instante.
E mudo permanece tudo sem jeito
Porque, as vezes, falar de amor já não é o bastante.

Esperando então, um momento em que se vive
Talvez um momento de amor
Enquanto isso, sonho acordada com o convite
De teu lábios no meu rubor.

De amor perfeito levo-te comigo
Com teus erros e tuas falhas.
Não irei falar das dores que hoje sinto
Porque amor não machuca e nem mesmo deixa marca.

segunda-feira, 10 de novembro de 2014

Saudades azul cobalto


A madrugada sussurrava azul cobalto
Em prantos que no momento se esqueceu
Pois naquele sonho acordado
O teu sorriso ao céu apareceu.

Formava arco-iris de toda cor
Aura que não me canso de lembrar
Que saudades sinto do teu rubor !
E da arte que deixava em meu olhar.

O dia amanheceu azul cobalto
Lá no horizonte o mel do meu céu
Em lembranças mil teu abraço apertado
Que carregava teu calor que sumiu ao léu.

Nos teus cabelos, pequenas madeixas castanhas
O perfume de todo exalar
Saudade grita meu peito em lembrança
Daquele teu tímido jeito que sempre irei amar.

domingo, 5 de outubro de 2014

O Rio desse Espírito


Minhas lágrimas são rios de saudades
Rio de Janeiro
As águas desse rio encontra-se nos olhares
De um Espírito Santo imperfeito.

E a correnteza levou tal olhar 
Espírito Santo 
Naquelas tuas ondas castanhas o mar
Do Rio de Janeiro em prantos!

Nadava eu naquele brilho
Que em outubro não se viu
Fiquei perdida no meio do caminho
E em Janeiro nos teus olhos o verão sorriu.

Nas margem flores molhadas
Já não sabia se iriam sobreviver
O louco abandonou tua estrada
Mas Espírito Santo só pensa em você.. 

sábado, 4 de outubro de 2014

Prata


Há quanto tempo aprecio
Essa prata tão dourada?
Que corta-me os fios
De vida mal amada
Faz sangrar o seu feitio
Sem sangrar minha alma
Cortou minha pele com teu rio
Em sorriso que mais me acalma
Prata como lua o brilho
Sua luz tão afiada
Arrancou meu coração perdido
Como se não houvesse acontecido nada
Por pedra prata foi substituído
Tão fria e amaldiçoada
Com o corte profundo e vazio
Mas sem lamina a maldita espada
Eu diria que seria o tempo tardio
Cujo cortei os elos com qualquer faca. 

quarta-feira, 1 de outubro de 2014

O esconderijo em teu riso


 Que sorriso tão liso 
Adormecido nos lábios de uma moça formosa 
Descrevia saudade dos dias perdidos 
Talvez amor traçava aquelas curvas misteriosas. 

 Rosada era a cor de porcelana
De tua pele tão pálida que a ela abrigava 
Me apaixono mais de uma vez pela estampa 
De teu sorriso que me cortejava. 

 Quem esculpiu a linha dos teus lábios
 Desenhou perfeitamente o teu arquear 
Quanto amor por ele me tem passado 
Em madrugada em que eu só seu te admirar. 

 Em noite ardia o peito 
Sorrindo por ver teu mais belo sorriso 
Pois ele alegraste meu coração por inteiro 
Mesmo longe, nele guardo meu mundo escondido

segunda-feira, 29 de setembro de 2014

Esta primavera


- Ali! - gritei aos montes
Mas só um pássaro branco ouviu
Estava voando além do horizonte
Num rumo que não mais se viu.

Pluma pura, pássaro tão encantador
Pousou tuas asas a proteger-me num segundo
Há quem diria que era abraço de amor
Mas era saudade o nome deste mundo.

- Ali perto! Lá longe! 
Mal o reconheci
Passaram-se dias, passara o ano
Em primavera veio me reflorir.

- Lá longe! Ali perto! 
Cantavas tu sem eu saber
Falava sobre todos os passarinhos espertos
Mas garça, a primavera quem fez foi você.

sexta-feira, 26 de setembro de 2014

Plebeia


Os olhos cheios de certezas
Brilhavam ao piscar
Tamanho era sua beleza
Castanhos falavam ao olhar.

Os lábios escondido por trás do batom vermelho
Tão escuros e delicados
Falavam sobre tudo sem ter medo
Expressando os muitos que deixam tudo calado.

Haveria beleza onde passasse
Plebeia estava em um caminho
Perto o bastante para que te admirasse
Um lindo passar de passarinho.

Plebeia fugiste depois do tempo
Num ônibus perdido entrou
Foi-se para o castelo de teus alentos
O teu interior que a tudo encantou. 

domingo, 21 de setembro de 2014

Água Santa


Grande ardor lhe perfura a garganta
Como o licor o amargo fogaréu
Transparente, há quem diga ser água santa
Amaldiçoado serão teus filhos que bebem aquele fel.

Um copo atrás do outro
Os lábios secos e queimados
Já maltratados pelo santo louco
E enfermo que toma-lhe os passos.

Cai em sono profundo, desmaiado
A cura lhe encobre o peito anestesiado
Bebe para esquecer da vida, o fracasso
Foge sem saída um tanto arruinado.

Roubaste a alegria de tua face
Tão jovem ao sol brincava
Tão velho tornou o esmalte
De teus cabelos pratas que a escuridão iluminava.

Creio tão esquecido, esqueceste desde já
Será que bebe por amor?
Esquece essa água que finge ser santa e venha cá
Me abraçar enquanto pode me ter com o senhor... 

terça-feira, 16 de setembro de 2014

Últimas palavras


Tão escasso de palavras
Andando sem rumo por ai,
Poesias que não mais se declara
Versos que não quer mais surgir.

Gritos em rimas não saem mais
Ecoam mudo por todos os lugares meus
Sem estrofes não encontro minha paz
Com essas últimas palavras recito adeus.

terça-feira, 9 de setembro de 2014

Jardim do amor


Haveria eu, mil canções pra você dentro de mim
Floresta floririam com teu nome
A tela seria teu sorriso pintando o jardim
Seria eu um fruto para lhe tirar a fome.

Haveria no meu canto
Flores se abrindo pra você
Tela esculpindo num quadro branco
Eu pintaria teus sonhos para vê-los crescer.

Havia no cantar
A cor da bela flor
O aroma viria nos banhar
No jardim do nosso amor.

Meu paraíso


Andei naquela grama
O paraíso abstrato
A relva era minha cama
E o meu mundo, um quarto quadrado.

Ali todos os ventos percorriam
Eu sentia o frio em minha pele
Congelava os ossos em túmulo vazio
Coração de pedra, lápide que não mais escreve.

Não havia céu, nem mais estrelas
Os passarinhos já não mais cantava
As dores acumuladas doíam-me a tela
De uma árvore com raízes já cortadas.

Minha terra estava sendo queimada
Meu paraíso com fogo, acabou!
Não existe mais água, nem mesmo uma lágrima
Pois meu ser já as derramou.

Que nada...


Nós erramos por tempo indeterminado
Todo o tempo que "vivemos"
Nós amamos sempre nos momentos errados
E fazemos sofrer quem mais queremos por perto
Choramos sem lágrimas para absorver todo o amargo
Da dor ao peito sobre um nada que está acontecendo.
Que nada grande! Que nada forte!
Gritou tudo aos montes de papel que rabiscou
Que nada é aquele? O nada é o tudo
Mas nada é, pois ninguém o mencionou.

O nó


Me perdi no teu juízo
Num alivio de me ter tão só.
E naquele puro sorriso
Sem distância mil a cores que já sei de cor.
Teus olhos castanhos feliz o infinito brilho
Tão cálido e esquivo das estrelas que sumiram como pó.
Se foi para o rio!
O mar que assume impurezas de uma margem as imagens transparentes, que dó!
Se fechou doentio, os lábios que falavam do laço que agora é um nó.

sexta-feira, 5 de setembro de 2014

A falta dela


Meus gritos ecoam por toda parte
Mas ninguém consegue escutá-los
Pois fechei meu coração com grades
Tão pesadas que está difícil de libertá-lo.

Como um quarto tão silencioso consegue tanto falar?
E no papel tudo some.
Como uma cabeça tão vazia, gera infinitas coisas para pensar?
E ao falar, já não é como antes.

Perguntas surgem a todo o momento
Os porquês da vida de saudade
A falta de um inesquecível sentimento
Que senti quando estava ao lado de minha metade.

Cores? Tudo está tão escuro
Pinto para esquecer aquarela
Músicas? Nada mais escuto
Canto para tentar não sofrer pela falta dela.

quinta-feira, 4 de setembro de 2014

Letras


As letras me descrevem
Caprichosas são tristes
Pois nos momentos ruins acreditamos em coisas belas.
Garranchos são alegres
Que passam para o papel 
A euforia de que escreve.

Poço dos segredos


Sou um poço de segredos
Um poço eu não sou
Se poço fosse eu realizaria desejos
Mas só sei desejar o que me encantou.

Dos segredos, sou revelação
Segredos que ninguém acreditou
Revela o que diz o coração
Nada com sentido para aquele que nunca se apaixonou.

Um poço seco
Cheio de máculas
A água transborda-lhe ao peito.

Segredos revelados
Tão escondido atrás de lágrimas
Que os mantêm sempre de lado.

segunda-feira, 1 de setembro de 2014

Ondas do meu mar


Ondas tão castanhas...
Eram barros
Eram lamas
Mas eram tão claros
Movimentavam-se as ondas
Sem espumas ou na margem molhados
Eram ondas castanhas
Tão cheirosas...
Voavam elas a brincar
Voavam elas com a maresia, embora
Não eram ondas do mar
Eram ondas tão cuidadosas
Tão finas continuavam a voar
Nos cabelos de uma moça formosa
Dançavam os fios, fingindo que eram as ondas do meu mar.

O tempo de saudades


Quanto tempo foi o tempo que te esperei?
Abriguei saudades infinitas, saudades que para ti guardei
Quanto tempo, num momento em teu abraço eu me afoguei?
E a sua pele quente, saudade ardente que te entreguei.
Quanto tempo, aconteceu tudo num tempo certo?
Curto, errado e duvidoso
Parte hoje para o outro lado
Saudades leva do tempo que havia teus lábios em meu pescoço.
Quanto tempo curto! Tempo já sem tempo.
Havia de entregar saudades num canto profundo?
Entregar as máculas do pensamento?
Para que o amor sobreviva nesse escrito confuso...
Quanto tempo havia de ser lembrado
Tão longe estava tu, em outro estado
Saudades que eu mesma esqueci
Hoje sinto-a tão grande somente por ti
Porque todo tempo do mundo tem tempo
Hoje o tempo é saudade
Ontem foi teus beijos no silêncio
Amanhã será o nosso amor caminhando para a felicidade,
De para sempre ter ambas por perto! 



quarta-feira, 27 de agosto de 2014

Jardineira do amor



Cultiva meu bem,
Todo amor que para ti carrego
Cultiva o teu também
Para colhermos juntas laços eternos

Dedicaste horas cuidando de tuas saudades que agora são flores 
São elas tão bonitas
O tempo me fez para ti toda amores
Por você viro um passarinho para beijar-lhe a pele de flor todos os o dias.

Jardineira do nosso amor
Não o deixe secar
Banha-lhe com teus olhos de saudade, o regador
Do sentimento que está a me entregar.

São horas em todos os minutos
Dedicando teu tempo para colher
Só não sabes jardineira, que plantas teu próprio fruto
Do nosso amor que só está a crescer.

Em segundos agora passaram-se horas
Que venha meu amor para o meu jardim
Venha plantar teu sorriso e tuas memórias
Rega o amor que tem em mim. 

Teu sonho, meu sonho


Sempre quando fecho os olhos, teus lábios tocam os meus
Tão suaves e delicados como naquele luar
O vento estava frio e tu sorria para o mar que nos concedeu
Melodias de amor quando estávamos a nos beijar.

Salta tão intenso coração chamando teu ser
Lembrando do quão sonhadora sentia-se
Nas nuvens umas formas para conhecer
O céu dos amados com teus múltiplos arco-iris.

Haveria de ser lembrado
Tanto amor em pouco tempo
De todas os contos recitados
No sabor de teus lábios num momento.

Conto hoje em pedaço de papel
Apenas dois dias para sentar-me ao teu lado
Para observar  arco ao céu
E ao som das ondas nos nos beijarmos. 

quarta-feira, 20 de agosto de 2014

Falta-me


Sinto falta do teu sotaque tão robusto
Ao contar-me mil histórias
E teu sorriso são astuto
E as gargalhadas minhas pequenas sinfonias de outrora.

O sol saiu para o teu verão
Tão tímido e intenso como teu olhar
O teu voar exala o inverno da estação
Com tuas asas coloridas, o mel de meu céu está a brilhar.

Voe, voe, cante para mim
Sorria com teu sorriso sem fim
Hoje dele estou a lembrar.

Falta-me tudo o que antes tinha
Mas principalmente, falta-me o calor de uma Andorinha
Que estava sempre a me abraçar.

terça-feira, 19 de agosto de 2014

Minha artista


Cada pulsar tem teu nome escrito
Em mil lembranças de tua face pálida e serena
Cada cor tem o teu sorriso
Pintado hoje em minha vida de aquarela.

Em cada árvore o teu espírito
Tão calmo balança tuas folhas amarelas
E no teu andar tão distraído
Balança teus cabelos de madeira soltas, mas belas.

Cada luar encontro teu brilho
Cercado de mil estrelas e outras esferas
És minha razão de observar o céu e todo infinito
Pois teu olhar dar para ver pela minha janela.

Cada flor tem o teu aroma cítrico
Tão doce o perfume que usa ela
E todos são tão parecidos
Àquele que abriga o corpo dela.

Cada coisa tem de você um pedacinho
Do céu aos ventos que te leva
Você rabisca a arte que hoje pinto
Você é a tinta e minha vida a tela.

Teu Espírito de Janeiro


Chora hoje Espírito
Tão Santo chora de saudade
Daquela que fugiu para o Rio
A que levou tua outra metade.

São chuvas de lágrimas tão derradeiras
Saudades queimadas de Janeiro
E aquele Rio lá nos montes do mês desponta, a verdadeira
Princesa levaste em carruagem de joalheiro.

Joia!? Tão nova ainda vive
Repartida entre dois estados de tuas raízes
Será Santo teu Espírito?

Joalheiro que a carregou em carruagem
Foi-se para longe de mim com coragem
Volte antes de Janeiro deste Rio.

quinta-feira, 14 de agosto de 2014

Reis e Rainha Celeste


O castelo de minhas fantasias
Sempre foi o azul do céu
Tinha dois Reis e apenas uma Rainha
Decretado hoje em meios as lágrimas de todos os réus.

Há Marias e Reis!
Tão dóceis e amorosos..
Os avôs de uma só vez
Os tios e primos, são príncipes tão novos!

O céu em festa espera-te para poder reinar
Minha Rainha celeste.. 
A mãe do homem que veio me ensinar
Minha segunda mãe que Deus me deste.

Vovós queridos
Meus Reis e minhas Rainhas
Desponta o sol surgindo
No amanhecer hoje sorrindo do céu desejando-lhe Boas vindas!

Minha infância sempre teve um castelo
E agora sei quem são teus Reis
Receba ela meu avô, de braços abertos
Organiza o amor perdido em 12 anos de vocês.

Sorriam, pois ela virou Rainha!
Sorriam, pois as estrelas estão ao céu
Elas dançam, cantam e brilham.
Elas tem teus cansados olhos cor de mel.

Não há adeus para o amor além da vida
Para meus Reis não há adeus
Só existe o reencontro de família
Aos céus dando as mãos a Deus.

Receba ela com todo o carinho, 
Com toda delicadeza de soberana
Pois minha avó agora é o brilho
De lua que  a noite no mundo encanta! 

Meus avós queridos
Meus Reis ao longo da jornada
Amo-te tanto meus amigos
Amo-te com se o tempo não houvesse me roubado nada.

domingo, 10 de agosto de 2014

PAI


De todas as lutas, as que venci ali estava você
Com teus braços fortes me erguendo quando cai
As batalhas que enfrentou por mim nunca irei esquecer
Me ajudando sempre que eu corria sem rumo por ai.

Meu herói em todos os motivos
Tão irritado quebra tudo que peço pra consertar 
Logo que se acalma, monta novamente meu pedido
Querendo enfim, me alegrar.

Suga todas as minhas dores quando me sinto triste
Faz de tudo para me dar o que quero
Me mimando até onde não existe
Sendo pai até quando não espero.

Palavrinha pequena e cheia de amor
Meu pai querido, meu herói que vive por mim
Agradeço tua presença onde for
Agradeço todos os momentos que até  hoje contigo recebi.

sábado, 9 de agosto de 2014

Coração



Coração anda tão cheio
Daquele jeito só seu
Querendo ter por perto todos teus beijos
E aquelas manias soltas do teu eu.

Ainda preso naquele olhar
Tão enfeitiçado e cheio de amor
Estou aqui sozinha sem medo de esperar
Seu jeito de pra tudo distribuir cor.

O coração anda tão vazio
Vazio de lembranças do seu modelo
As vezes anda partido
Por saber que teu sorriso tão longe não é perfeito.

Ainda enlaçados permanece em tua vida
Querendo carregar teus traços onde caminhar
Com teus carinhos seria destemida
Pois só você tem o jeito que ando a amar.

Coração anda tão ausente
Ainda procurando teus modos
Somente em lembranças sua está presente
Querendo lhe mostrar o quanto te enamoro.

Amor desmanchado


A borracha ta funcionando por aqui
Apagou todas as fotos
E todos os recados que me fez sorrir
A borracha não quer mais choros
Apagou também as lágrimas
Arrancou meu coração do esboço
De teus olhos que eu adorava.
E agora tudo está apagado
Um borrão tão manchado
Tudo o que queria era um lápis
Para refazer o que fez a mão
Jurando nunca mais entregar o coração
Novamente para a lápide.

quarta-feira, 6 de agosto de 2014

A chuva e o amor


A neve pode virar água
A água o vapor
O vapor da estrada
Viram nuvens a compor
Coração cheio de lágrimas
Que bate por amor
O amor um dia acaba?
A chuva volta a molhar flor.. 
E o amor volta pra alma,
De onde ele pensa que parou? 

O sorriso da Lua


A lua hoje sorriu pra mim,
Mas não era teu sorriso.
Porque ela brilhava tanto, afim
De me mostrar o que eu realmente sinto.
Confesso que eu confundi
São brilhos parecidos..
Mas hoje você parece que não brilha tanto assim
Pois teu sorriso hoje, encontra-se perdido.

domingo, 3 de agosto de 2014


Os pés descalços no jardim, tantas flores estão a se fechar
Nada do que estava ruim, permaneceu para contar
Estrelas, que são toda raiz e brotam do meu caminhar
Deus lá no alto com o giz, desenha meu saltar. 

Na úmida noite infeliz, sorri a lua a encantar
Tudo entá sorri, para os atros do céu e do mar
Dança a fé vestida de cetim, até o dia se encontrar.
O que Deus desenhou com capim, vento nenhum vai levar.

Como havia de ser feliz, vendo a noite me afogar?
Na noite há brilhos afim de lhe mostrar
Que tudo cura cicatriz, que o medo é feito pra superar
Me escapou por um triz, o sol que sempre surge a me esquentar.

O que Deus programou pra mim nada vai abalar
A fé se constrói assim,  na beleza de um acordar
Meu vicio é fazer do fim meu novo iniciar
Eu vou vivendo enfim, estou sonhando sem me deitar.

quinta-feira, 31 de julho de 2014

Belo canto!


Boneca de chão.. 
Brincou o cabelo,
Bateu no coração 
Bem no centro,
Belo canto! 
Busque a coruja,
Beba o choro
Balde no copo
Balança a cintura. 
Bonita criatura, 
Bêbada de ciúmes, 
Bamba de costume. 
Brilha no céu
Belo canto!
Bigode cereja,
Boca castanho
Briga a cesta. 
Briga no comando.
Belisca a cera,
Bebe cerveja
Belo Canto! 
Barriga cheia
Banco caseiro
Balança o corpo
Brinde ao corvo.. 
Belo Canto! 
Bisbilhoteiro coração
Baralho de carvão,
Bondade corvo
Bela chantagem...
Boneca na chuva
Buracos na curva
Baixo ciúmes
Barro ou castiçal?
Bem certo
Bom casal..
Bicho de circo
Biscoito de chocolate?
Bruxa e o cetro
Brumas coruja
Bondade cheia
Borracha no conto!
Belo canto!

terça-feira, 29 de julho de 2014

Voo noturno


A noite há de vir, deitarás calmamente sobre o céu
O dia então irá partir, com lembranças que deito ao papel.
Haverá a chuva de saudade, tão dançante e infinitas
Há música em meus olhares, há sonhos e uma única Andorinha...

Sempre noturna, reflorindo Dama da noite
Com teu sorriso cheio de ternura, encanta todas as flores
Voa, voa sempre a cantar! Anda, anda com seus sonhos ao luar
Canta o que me faz voar, anda com os sonhos a libertar...

A noite há de vir, será a hora de esperar
O  mel do meu céu surgir, a minha inspiração pousar.
Então a mágica irá se fazer, com tua voz a melodia
Fará a noite adormecer, para eu sonhar acordada enquanto sorria.

Sempre noturna, vagando pelas estradas do céu
Num livro de príncipe está a sua figura, meus olhos procura-te ao léu. 
Em todas as palavras tu está, em todas as imagens aparece sem saber
Por onde voas a cantar? Deixe-me voar novamente com você? 

segunda-feira, 28 de julho de 2014

Todos nós somos flores


Todos nós somos flores
Homens e mulheres
Lutamos pelos mesmos valores
Afim de vivermos sempre alegres.
Na infância somos flores de alforria
Um mistério ainda lacrado
Aguardamos para desabrochar na vida
Para seguir os passos do adulto que tens ao lado.
Na juventude aprendemos a viver
Somos tal qual as flores que recebem todos os cuidados
Desabrochamos quando o sol está a nascer
E nos fechamos na noite ainda escoltado
Somos sem brilho na fase adulta
Esperando sementes cair
Pois dessa flor, as pétalas encontram-se murchas
E os próximos herdeiros hão de surgir.

domingo, 27 de julho de 2014

Letras de um Poeta


Como queria agora os teus beijos em mil sabores
Encostar meus lábios aos seus rosados tão doces.
És figura colorida, meu anjo voa assim tão longe
Esculpida de saudade, meu coração que já foi santo procura-te aos montes.

Jamais esqueça-te que amo todos os teus traços
Não deixe que essa distancia afrouxe esse laço
És a fonte de todo o amor que tenho para lhe entregar
Em tua pele o calor, no abraço que jamais irei soltar. 

E o tempo cheio de lembranças, passa tão devagar
Nas horas a esperanças, que recita o nosso reencontrar
Nas palavras tão discretas, saem sem eu perceber
São letras de poetas que estão sempre a dizer: 

"Lá tão alto está tua bela fulgura
O brilho intenso e prata que lhe banha a lua,
Em distância mil encontra-se em uma
Estrela que voa ao céu deixando-a tão pura.

É meu amor maior que o infinito que vive em teu olhar
As curvas de todos os teus sorriso são alegrias de todo o meu sonhar
Vivo hoje apenas para te amar,
E se assim não fosse derramarias meu sangue para te conquistar..."

quinta-feira, 24 de julho de 2014

Lugar abandonado


E ali teve fogo
O vidro se quebrou
E ali apagou-se o louco
Que aquilo atiçou.

São paredes tão escuras
Amargas e abandonadas
As marcas da tua tortura
Repousam ao chão espalhadas.

Madeiras que deviam estar escondidas
Aparecem como ossos
E a pele foi destruída
Eram cacos em meio ao tijolos.

Serpente saiu com vida
Morreu envenenada com o próprio sangue
Serpente ali não havia
Apagou o fogo com água do tanque.

Será que ali estava
Naquele local tão visitado
Será que estava a máscara
De meu coração abandonado?


quarta-feira, 23 de julho de 2014

Teu olhar em D'alva


Da próxima vez, guardarei mais o teu sorriso
Feito de pão de mel
O mel do favo de teus lábios finos
O tom rosado delicado, o doce que arranquei do céu
Em teu sorriso hoje sendo lembrado
No horizonte teu olhar em D'alva tem me observado.

Pingos de chuva, lágrimas tão pura caem sem porque.
Da próxima vez, guardarei mais a tua felicidade
Essa chuva, tão úmida, respinga saudade sem saber
São elas sinos de ouro tocando alegremente em tempestades.
Em tua alma o carinho sendo memorado.
No horizonte teu olhar em D'alva tem me observado.

Nos ventos tão gélido de uma manhã cheia de lembrança
Penso eu, na próxima vez guardarei mais teu perfume
A única essência que existe em meu coração desde a infância
Serão lírios, madeiras, grãos de areias, guardarei para que busque
Em teu voar tão doce e cítrico exalado.
No horizonte teu olhar em D'alva tem me observado.

quinta-feira, 17 de julho de 2014

Sem informação


Lá está! 
- Onde? 
A cabeça doí, ela nem sabe como andar
- Onde?
Não viste a invisível? Tudo faz para não se notar.
- Onde? 
No chão poderá teus rastros encontrar.
- Onde? 
Caíste numa lama qualquer, não sabe se equilibrar.
- Onde? 
No coração de um outro alguém estava a morar.
- Onde? 
Mas agora chora como criança que não possui um lar
Ou talvez até pior, depende da fonte
De suas lágrimas que lhe caem sem avisar.
E ela canta de madrugada que o pranto some.
Não se sabe a quanto tempo está a chorar
E nem se sabe onde...
Numa estrada qualquer, num andar.
Depende muito de quem a ame! 

Inverno


Porque aqui dentro desse inverno há um coração
Tão frio ele bate
Uma vez ou outra ele é esquentado por uma paixão.
Mas costuma chover tanto, pois algo o abate
Tao rápido volta ao teu abrigo sem verso
Sem tempo
Só o vento certo
E as palavras erradas no pensamento.

segunda-feira, 14 de julho de 2014

A espera do amor


Eu tentei de todas as formas te dizer
Tudo o que és para mim
Mas eram formas de nuvens longínquas ao teu ser
Eram formas de pedras esculpidas por aqui...

Eu tentei lhe mostrar todos os pontos de meus sentimentos
Para que ligasse eles ao teu coração
Mas o único ponto que mostrei, foi estrelas ao firmamento
E pontos de areia sobre o chão

Eu tentei lhe dizer o que sentia
O tamanho do meu amor que dispara a crescer
Mas só disse coisas vazias
Numa vez ou outra sussurrava "eu amo você"

Eu tentei lhe trazer para perto
Embora tão longe ficou
Eu ainda quero te dizer ao certo
O que queria e me escapou.

terça-feira, 8 de julho de 2014

Terça


Hoje acordei com um sonho teu
Sem teu perfume
Que na tarde de ontem me preencheu
Sem o grude
De teu corpo quente que me aqueceu
Sem teu olhar
Que tanta coisa descreveu.
Acordei sabendo que não irei te ver
Desejando te ver mesmo assim.
Hoje é terça! E eu já choro querendo você.
Tão terça... Que o dia está nublado dentro de mim.
A terça amanheceu sem teu reluzir
Minha terça, só é terça com teu sorrir.
Sou tua! E estou numa
Cachoeira de lágrimas que não devia saber
Só sua! E são muitas
As coisas que amo no teu ser...
Eu amo você..! 

segunda-feira, 7 de julho de 2014

Tão mágica és...


Te amar me faz tão viva
Que vivo só para te amar
E se te amar não poderia
Eu morreria em ti a me afogar.

No teu perfume doce como o mel
O mel mais doce que tens
Terás em ti pedacinhos do céu
Pois tão mágica és, meu bem.

Tão mágica és...

No voo de todos os pássaros 
Eles dançam só para ti
Mas somente eu amo teus passos
Somente eu a amo assim.

E no teu cabelo exalando flores
Em teu colo me sinto tão bem
Eu derramo no jarro, amores
E tu derramas mágica, meu bem.

Tão mágica és...

Em todos os lugares que passamos
O teu brilho ficou para trás
Pois tu és como um anjo
A me lembrar que é a estrela que mais brilhais.

Nas margens de todos os mares
A calmaria que me vem
Eu seria ondas de saudades
E tu seria espumas repletas de amor, meu bem.

Tão mágica és...

No arco colorido ao céu
Nas conchas cor de toda cor ao chão
Na areia escreveu o nome como se fosse papel
A concha tens ao peito em cordão.

O teu sorriso alegrou minha alma
És minha inspiração e muito mais além
O amor de minha vida a paixão mais declarada
Nessa magia tua, és tão pura. Eu amo você, meu bem.

Tão mágica és...

Teu sorriso


O som, tão magnifico
De teu sorriso, o retrato mais lindo
Me perco em tua risada, meu paraíso
Minha vida ganha sentido com teu riso.

Os teus olhos recebem um brilho
Tão travesso e extrovertido
Nos lábios o jeito de canto escondido
Do sorriso perfeito que a minha alegria dá sentido.

Haveria milhares de motivos
Para eu querer o teu sorriso
Tão perto do meu...

Mas entre eles, nada ali foi dito
Pois o único motivo vivo
É a minha paixão pelo sorriso teu.

domingo, 6 de julho de 2014

A rainha de minha vida


Faria tudo o que me fosse permitido fazer
Só para te ver sempre feliz
Roubaria todos os sorrisos para que você
Possa como eles, também sorrir.

Desistiria de todos os meus sonhos
Para poder realizar um seu
Deixaria louco, todos os santos
Quando percebessem que teu sonho na verdade era o meu.

Por ti correria a todo o momento
Para que você possa descansar
Roubaria o frio da lua em meus pensamentos
Afim de que teu corpo possa resfriar.

Tristeza maior seria
Te querer feliz e vê-la chorar
Minha mãe querida
Desculpa-me se estou a te decepcionar.

Por você eu viraria ladra de planetas
Roubaria também todos os espelhos
Porque no universo só existe a sua beleza
Minha rainha com curtos cabelos negros..

sábado, 5 de julho de 2014

Partida



Como será depois?
Depois que tudo se for
E os momentos virarem lembranças
Quando não haverá encontros, nem "oi's"
Quando tão longe estará o amor
De teus laços que me fez ser criança.

Como será depois?
A lua será o seu mais próximo sorriso
O brilho de teus olhos apaixonados, as estrelas
E meu peito repleto de saudade de dois
Lábios que já foram ao paraíso
Ao se encontrarem num dia frio e cheio de beleza.

As ondas azul do mar
Tão inquitas, para mim serão teu jeito desperto
A ir e vir tão calmos
O teu modo de a tudo observar
As flores, o perfume teu que mais quero
Exalando a fragrância de seu andar curioso e fechado.

E como será depois?
Coração doente de saudade
Baterá em todas as portas da rua!
Porque você se foi...
Estará buscando a eterna luz de teus olhares
Mas estará ao Rio, meu amor, minha mais linda escultura..! 

Unicórnio verde


Saltita, saltita unicórnio de verde aura
Mostre-me a alegria que eu tanto procurava
Através dos rios de minhas lágrimas chegaremos ao fim do arco-iris
Nós acharemos graça, pois se não for assim nossa amizade não existe.

Falavas sobre amor, tão jovem e tão sábia
Controlava o tremor de minha voz agitada
Dou-lhe a chave do tesouro
Mas promete que ficará comigo sempre com teu jeito de ouro!

Déjà vu


Passo na esquina da rua onde mora
Onde tudo enamora
E fico a observar
Talvez a esperar
Você passar
Por mim,
Se apressar 
Para me abraçar
Com teu enorme sorriso
O abrigo
Que eu carregava sempre comigo
Porque estou a pensar?
Não sei se a culpa é de minha cabeça, ou o  motivo
Seja  meu mal estar.

quinta-feira, 3 de julho de 2014

Mim


Existe uma boneca toda errada
Que sempre faz todo mundo sofrer
Ela sempre é julgada
Por fazer os outros se aborrecer.

É tão imperfeita na própria perfeição
Tão careta, cheia de aberração.

E o que importa o futuro?
Tão incerto e cheio de caminhos...
Se julga rasgada, uma roupa cheia de furos
Que anda a dizer "não sei se morro ou vivo".

Idolatrada na própria pobreza
Nada carismática, cheia de indestreza.

quarta-feira, 2 de julho de 2014

Meu sonhar


Eu já tive vários sonhos
Sabia?
Todos eles eram estranhos
Mas faziam parte de minha vida.

Eu carregava eles no fundo do coração
Sabia?
Porque tinha medo de perdê-los na mão
E que tudo acabasse um dia.

Eu nunca cheguei a realizar nenhum
Sabia?
Todos eles fugiram para um
Caderno simples de poesia.

Eu também nunca corri atrás
Sabia?
Sonho vem, sonho se vai
O que me resta deles são as fantasias.