sexta-feira, 6 de julho de 2012

O ser...


Tão doente...
Tão seca...
Vivo da mesmice...
De te encontrar de volta da mesa...
Tão amarga..
Tão pálida... 
Sou como uma folha de papel... 
Sempre com algumas palavras... 
As vezes cálida... 
As vezes apenas cascatas... 
Sou representada por palavras, tanto curta quanto ávidas... 
Sou manchada, não por dentro e nem por fora... 
Apenas sou...
Sou como as páginas de um livro... 
Uma menina misteriosa...
Ainda vivo...
Ainda sinto...
Ainda cheiro...
Ainda nova...
Permaneço cheirosa...
Nem por dentro, nem por fora...
Sou aquela luz que brilha em outrora...
Aquela página que conta várias histórias...
Sou a menina que sonha alto e pisa em memórias...
Não sou louca!!
Não sou veloz...
Sou como uma folha...
Não fico só...
Sou apenas uma perdida estrela,
Que esqueceu o seu brilho...
Não sou tão seca!!!
Não sou rascunho...
Sou página em branco...
Esperando fluir...
Sou a página de um livro...
Que espera ele se abrir...
Sou o sorriso, a tristeza e alma...
Sou a morte e a jornada...
Sou a vida e o amor...
Sou todos em um só...
Sou uma folha...
Não sou julgada...
Não sou o réu...
Que anda pela curta estrada...
Sou uma folha,
Não manchada...
Apenas uma folha em branca, 
De um amassado papel...!!

quarta-feira, 4 de julho de 2012

Sou Poeta


Não fui eu que fiz,
Não componho músicas
Sou poeta
Não bela
Sou uma flor, não tão cega.

Nas margens dos rios
Também não sei cantar
Não sou uma estrela
Não canto como um passarinho.
Sou uma humilde flor, que vive a citar

No palco a falar
Também não sei dançar
Não sou como um Pardal
Que vive a voar
Sou uma pequena flor que vive num quintal

Nas areias da praia em meio a sorrisos,
Não sou tão boa
Vivo a caminhar
Não voo como os passarinhos.
Pois sou poeta, vivo pra rimar! 

terça-feira, 3 de julho de 2012

Livros


Tão seco!  Tão cheios de palavras!
__ Urgh, não há gravuras!
Não há espessuras! 
Tão sem importância!
Tão sem sentido!
Cada vez mais esquecidos,
Mofando em diversas prateleiras,
Em grandes Bibliotecas alheias.
Tão fora de moda!
Alojando-se em Museus de memórias!
Tão irritante!
Que Blá-blá-blá mais estressante!
Tanto conhecimento!
Tantas histórias!
Esquecidas pela vitória,
Do filme e suas dedicatórias.
Quanta coisa inútil!
Quanto desperdício de flora!
Quanta gente fútil!
Não sabem o quanto a natureza chora,
Tão cheios de vida!
Alguns cheios de prosa!
És como magia!
Os livros que brotam em cada porta.