Declaração de uma poeta

Eu sei que você não lê 

Essas tantas miseras palavras de amor 

Mas hoje despi minha alma pra você 

Como despi meu corpo 

E aquela taça de vinho ao entardecer 

E o teu cheiro em meu dorso 

Eu ditaria o dicionário inteiro para que você possa ver 

Que eu te amo como um louco 

Como um poeta a escrever
 Loucuras de amor. 

O meu amor supera cada porre 

cada brecha, cada sono 

me consome, me engole 

Como poeta, sem dono 

com fome, dos versos 

que dizem, mais uma vez 

Eu te amo !

O Tudo

De tão crescente, sumiu no mundo 

 Enraizou-se descontente, sorrindo mudo 

 Alastrou-se entre os apaixonados e os estupidos 

 E nem mesmo isso, seria um Tudo ... 

 De tão amável, tornou-se imundo 

 De tão grosseiro, ponderou-se profundo 

 Tentando ser notado em alguns segundos 

 Já diz que não amou, que não era aquilo tudo! 

 Dormiu mais uma noite, o amor confuso 

 Acordou mais um dia, um tanto difuso 

A arrogância que não se mede diz ser tudo 

 E o tudo coitado! Queria apenas ser um nada sortudo.

 Na fila do trem, o voou saiu surdo 

 Na espera apaixonada, por um beijo rubro 

 Quem me dera ser um nada nesse fundo 

 Quem me dera ser um nada e um Tudo!

Alice

E se ali tiver uma beleza ? 

E ali se estiver sorrindo, 

Os pássaros cantariam com leveza 

Se ali se vai, Alice vem devagarinho. 

Nem o desastre diminui sua delicadeza 

Num País que Ali se contou 

A encontrava numa toca, caindo em miudezas 

Nas maravilhas que Ali se formou. 

Não caia Ali! Se não vá se machucar... 

Não vá Ali Alice, vem cá 

Eu não quero lhe ver chorar. 

Me chame para andar pelo País, não vá tropeçar.. 

E maravilhada Ali se andou pra lá 

Alice! saiba que sempre irei te encontrar.

*Amor da minha vida, meu Gordo >< A titia te ama muito! Até mesmo quando diz que não gosta de Poesia. rsrs*