sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

Hieróglifos do coração (A canção do Adeus)


É irônico ver em tudo que antes eu idolatrava
Uma poça de desilusão,
Abatidas em memórias escassas
Fazendo a saudade bater em meu intimo coração.

Uma fila que fazia-me esperar,
Agora me faz querer desaparecer.
Por quanto tempo ainda hei de sonhar?
Querendo enfim ver você.

Todas conversas em azul cobalto são vagas,
Talvez uma simples utopia.
Todas sinfonias são tratadas,
Como trabalhos de tantas outras, sem ao menos harmonia.

E os sorrisos...
Como não idolatrar
Os pequenos guizos 
Que me faz te amar...?

Não é de hoje que recito adeus.
Há tempos que queria ter feito.
Aos Hieróglifos meus...
Sonhar talvez seja meu mais puro defeito.

Em meu pulsante coração,
Guardo todas as vozes que me tem o medo.
Cante com Hieróglifos essa fúnebre canção,
Guardando ainda mais a dor de meus segredos.

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

Meu Bem-te-vi


Meu Bem-te-vi
Meu encanto
Lembro-me de quando o conheci,
E me apaixonei pelo teu canto.

Teu jeito amável comigo,
Sempre tão adocicado.
Assobia para mim mil músicas em meus ouvidos,
"Fazendo-me feliz com teus sonhos realizados."

Asas sonhadoras
Meu Bem-te-vi de olhos dourados.
Me inspirou numa curta conversa atoa!

O teu bem você reflete em mim.
Sempre voa inspirado,
O único Bem-te-vi que voa em meu jardim.

sábado, 8 de fevereiro de 2014

654


654
Lembro-me de tu ali encostado
Olhando-me intimidado
Com um lindo sorriso repousado
Em tua face.

Na fila 654
Ficava tu parado
Teus olhos tão puro e encantados
Brilhavam tão acastanhados
Onde quer que o encontrasse.

654
Um sonho realizado!?
Presenciando teu jeito acanhado
Sentava-te ao meu lado
Fazendo com que na noite eu flutuasse.

Estava tu um dia no 654
Tua voz queria mais uma vez ter escutado
Queria apenas sentar-me ao banco azul e ter te esperado
E ouvir novamente a melodia de sua voz sem o tempo ter passado
Observando a fila do 654 fiquei esperando a hora em que tu chegasse....

Descoberta de um ser


Eu sou muito tímida,
Eu embolo as palavras.
Muitas vezes fico na minha,
E apenas não digo nada.

Fiquei desconfortável,
Não esperava tal conversa.
Não quero que continue isolado,
Apenas continue a dizer o que pensa.

O pior será eu...
Não sei dizer sobre meus próprios pensamentos.
Apenas sei que são meus.

Poderá ser de outra pessoa,
Só falo sobre meus puros sentimentos,
E tudo que me engrandece e me magoa...


*

Escrevendo no meu amassado papel,
Chegarei em todo o céu.

sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

A perseguição de um olhar morto


Pensei que nunca mais veria
Os dois olhos mortos.
Aquele cujo já abandonou a vida,
Sem brilho, sem remorso.

Rico em amargura, exaltavam tua beleza
Mesmo no calor encontra-se frio
Era de tua própria natureza.
Até teu amor encontra-se vazio.

Um dia em cada semana
Morrerei ao ver teus olhos em chama.
E na noite ninguém mais poderá me acalmar.

A tarde de sexta-feira tornou-se insana
De olhos mortos, estarei olhando-a estranha.
E nada mais na noite poderás me salvar.

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

Cavalheiro ao crepúsculo

Nesse crepúsculo evanescente
Lembranças invadem minh'alma.
Quem me dera conversar contigo novamente,
E na madrugada sentir-me protegida com tua calma.

Presenciaria em teus olhos a timidez crescente
De um tom dourado mel a ser tão doce tal raiz acastanhada,
Ficaria eu tão contente
Ao escutar sua voz de que tanto sinto falta!

Ainda Lembro-me de teu jeito,
De teu sorriso inebriado e cavalheiro
A seu modo preocupado.

Tens infinitas virtudes emancipadas,
Asas que já podem voar sem amarras,
Assim como tu... Um jovem livre cheio de brilho apaixonado.