quinta-feira, 13 de dezembro de 2018

O Tudo


De tão crescente, sumiu no mundo 
 Enraizou-se descontente, sorrindo mudo 
 Alastrou-se entre os apaixonados e os estupidos 
 E nem mesmo isso, seria um Tudo ... 

 De tão amável, tornou-se imundo 
 De tão grosseiro, ponderou-se profundo 
 Tentando ser notado em alguns segundos 
 Já diz que não amou, que não era aquilo tudo! 

 Dormiu mais uma noite, o amor confuso 
 Acordou mais um dia, um tanto difuso 
A arrogância que não se mede diz ser tudo 
 E o tudo coitado! Queria apenas ser um nada sortudo.

 Na fila do trem, o voou saiu surdo 
 Na espera apaixonada, por um beijo rubro 
 Quem me dera ser um nada nesse fundo 
 Quem me dera ser um nada e um Tudo!

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