quarta-feira, 13 de novembro de 2019

Linha tênue


O céu nublado dessa manhã cinzenta 
Me faz refletir sobre um tempo atrás, de inspiração 
A chuva sobre o chão, empoçam meu reflexo em fenda  
Numa linha tênue e embaçada de satisfação 

Olhando-me ali, me perdi de mim mesma 
Em pensamentos vã, aonde anda eu? 
Na chuva, na rua, na tua linha tênue embaçada empoçada em caretas 
No chão, abastecida e redistribuída no inverno dessa primavera que morreu. 

Cai a chuva, em gotas finas e lembram como estava frio a ciranda 
Era inverno eu não nego, estava esmaecida, em linha tênue meu pensamento 
As risadas congeladas pelo tempo não me deixam esquecer as façanhas 
De um tempo frio, exaltado, congelado, alagado de inspiração e contentamento. 

Se esbarra a poça, pés calçados, pisoteiam sem pedir licença 
E úmida, empoçada, ela se alastra pelo chão 
Meu reflexo que nela continha se foi arrastado pelos passos e percebi que era isenta 
O sentindo de volta na linha tênue, do teu coração.

Nenhum comentário:

Postar um comentário