domingo, 27 de outubro de 2013

A realidade jamais vista


Não exaltem o que não devia ser exaltado!
Não faça o que não devia ser feito!
Não espere o que não devia ser esperado!
Não ponha qualidades no lugar dos defeitos!
Não incentive o que está errado!
Não aperfeiçoem o que não devia ser perfeito!
Nem invente amores aos que não devem ser amado!
Não grite por sonhos que permanecem em bueiros! 
Não olhe o que não devia ser olhado!
Não ponham beleza no que é feio!
Despreze o que devia ser desprezado!
Despreze a mim, eu não tenho medo!
Não sinta o que não devia ser sentido!
Não toque no que não devia ser tocado!
Não sorria para o que não devia ser sorrido!
Não encorajam o que não devia ser encorajado!
Não mate o que não devia morrer...
Não viva no que não devia viver...
Morre por tentar viver despercebido
Vive por tentar morrer camuflado!
Não olhem surpresos para o que não devia ser surpreendido.
Não faça expressão de apego ao que já foi desmascarado!
Não existe mais contado, pois encontra-se jazido...
Em túmulo desalento encontra-se de olhos fechados.
Não abrem portas que não deviam ser abertas!
Não colore o que não devia ser colorido!
Faz de cinzento o túmulo com espadas!
Tinge de negro o cadáver amigo!
Não cantes louvores ao que não devia ser louvado!
Não ponha amor ao que devia ser sofrido!
Não veja-me sem pele, sem osso, sem tato!
Não veja-me em estúpida hora de conflito!
Não fantasie o que não devia ser fantasiado!
Não ponha fadas onde não devia por!
Agora vejo a real realidade desmaiada!
Sonhando com a paz e o amor!
Não pergunte o que não devia ser perguntado!
Não esqueça o que não devia ser esquecido!
Pois agora nasce um objeto de porcelana trincado,
És uma boneca que esqueceu seu sorriso!



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