terça-feira, 14 de janeiro de 2014

Recitar sem vida


O sol apagou,
A lua se escondeu,
As estrelas pararam de brilhar.
Recitei sem vida palavras que ninguém entendeu.
Só eu permaneci a chorar.

Recitei poesias vazias,
Li todos textos de interesse.
Neles haviam vida!
Saudavam a todos exceto as poesias que desejei que morresse.

Não há cores no jardim,
Se tiver não notei.
Presa na gaiola ando com tédio de mim.
E só hoje reparei quando ao recitar para ti gritei.

Por favor pare de falar,
Não diga que sou inocente.
Já não quero sua voz escutar.
Cala-te! Pois assim ninguém nunca sente.
Deixa-me sozinha aqui, recitar! 

Recito hoje em luz apagada,
Sem sol, sem lua, sem estrelas.
Estou sem rumo na estrada,
Já não consigo encontrar as alamedas
Cujo caminhou minha poesia para morrer ao ser recitada.

Meus lábios assumiram um tom escuro,
Só digo ao recitar o que não devia,
Reclamações e insultos?
Falo coisas que nunca deveria ser ouvidas.
Meu recitar perdeu a cor de teus muitos arco-iris curtos.

O tom negro oprime a cor rosada,
Dos tímidos lábios que antes vivia.
Tudo me desencanta, vivo hoje estressada,
Ao perceber que a dores que senti era de meu recitar que morria.
Escolhendo lembrança de vida passadas.


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