terça-feira, 9 de setembro de 2014

Meu paraíso


Andei naquela grama
O paraíso abstrato
A relva era minha cama
E o meu mundo, um quarto quadrado.

Ali todos os ventos percorriam
Eu sentia o frio em minha pele
Congelava os ossos em túmulo vazio
Coração de pedra, lápide que não mais escreve.

Não havia céu, nem mais estrelas
Os passarinhos já não mais cantava
As dores acumuladas doíam-me a tela
De uma árvore com raízes já cortadas.

Minha terra estava sendo queimada
Meu paraíso com fogo, acabou!
Não existe mais água, nem mesmo uma lágrima
Pois meu ser já as derramou.

Nenhum comentário:

Postar um comentário