domingo, 11 de maio de 2014

Sussurros da noite


A noite sussurra hoje em meus ouvidos
O luar nasceu sem brilho
Nuvens densas choram sem porquê
O céu hoje nos banha com teu sofrer.

Meu corpo deitado na cama já jazido
Meu coração congelado, um tanto frio
E eu permaneci sem saber
Se a voz que a noite sussurra chegava até você.

Tudo está tão puro ao ar do recinto
Tudo está tão úmido com chuva fraca caindo
Molhando-me o peito arrefecer
Meus olhos que disparam a chover.

Ando deitada com cérebro faminto
De tudo que leio nada fica como no livro! 
Deitada estou andando ao aposento sem o que fazer
E faço tudo para hoje não perecer.

As palavras da noite me deixa sozinho
Já está tão escuro, nem lâmpada ilumina meu caminho
Estou escutando teu chamado a dizer
Querendo tudo o que o nada está a querer.

De todas as vozes que escuto num perdido
Cantar cheio de barulho e silencio de sinos
Nada está a acontecer
Só minha cabeça cheia do que não devia ter!

Na noite o sussurros ecoam sem brio
Querendo atenção dos humanos ríspidos
O ventos que hoje vem me aquecer
Congelando minha pele que está a padecer.

Viram de todos os cantos sem estrela no infinito
Viram que nenhuma segue mais o estrio
Desenho que esculpi do mais velho tecer
Do pano que bordei no mais novo preencher..

Ali no fim dos tempos meus está o paraíso
O sol em conflito com todo os filhos
Hoje derrubados planetas sem o ser
Amargurados giram em torno sem parar poder.. 

Lugar de tantas guerras ao tempo de neve sem sorrisos
Nada no inverno de meu peito está procurando o abrigo
Coração dispara para a aquecer
Coração morre querendo viver...

Sussurra mais uma vez o vento da noite em conflito
Nas estrelas desaparecidas está a nuvem teu amigo
A brincar de esconde-esconde sem aparecer
Brincam tão séria estrelas, escondem-se até o amanhecer...

Na chuva de todo granizo
Inverte o sol ao raios cheio de limo
Brincam com nuvens a se esconder
Nuvem chora então pela  brincadeira mais uma vez perder..

E nessa brincadeira observo um tanto ríspido
Meu ser congela hoje, sente frio!
Não há lua para descongelar meu coração do próprio ser
Pois encontra-se escravizado pelo mesmo a adoecer...

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