sexta-feira, 12 de maio de 2023

Mãe dos Poetas

Dava para ver a D'alva nesse terminal...
Conseguiamos vê-la tão brilhante, radiante! Ao longe,
Apenas uma luz incandescente, deslumbrante como o cristal.
A viamos em meio as rimas, prosas e poesias constante.

Sempre noturna, contente!
Sendo mãe dos poetas em noites carentes.

Dava para ver a D'alva nesse terminal...
Viamos cada luz, cada chama, cada guizo, como uma estrela guia na estrada
Sorrindo, inspirando minh'alma
Via-se o resquício de sua magia em toda Via-Lactea
Levantando meu astral.

Sempre distante, intocada.
Sendo mãe dos poetas em noites estreladas.

Dava para ver a D'alva nesse terminal...
Em momentos de tristezas e angustia namoravámos calados
Cada parte daquele brilho, escondido, robusto, vazio, atrás de um temporal
Resgatavamos lá no fundo todo teu brio o teu legado.

Sempre poente romantizada,
Sendo mãe dos poetas em noites inpiradas.

*06/04/2022*

Janela Poética

 


Em minha janela havia passarinhos,
E estrelas ao Luar.
Uma vasta imensidão sorrindo
E sonhos pairando no ar.

Em minha janela havia canto
E brilhos reluzentes.
Uma beleza sem tamanho,
E poesias tão contente!

Em janelas estão as vidas
Em lembranças de chegadas e partidas
Escrevendo a alma Poetisa.

Em janelas estão as memórias
Da alma que ri, da alma que chora
Tentando escrever sua própria história.

*09/05/2023*

quarta-feira, 10 de maio de 2023

Escritos

Sou meros sentimentos...
De decepções e egoismos.
Me descreveram .. 
E é assim que eu me escrito.

quinta-feira, 18 de agosto de 2022

A Canção da Vida


Viver...
Cada passo aprendido, comemorado
Vale as 12hrs do dia de trabalho arduo?
Cada sonho adquirido admirado,
Morreu no caminho, foi velado, enterrado entre o "impossivel" e o "protetariado".

Acordamos dia após dia cansados
Para viver nossas vidas desanimados!
Presos em rotinas sem grades de aço!
Onde o relógio dita a sua chegada e partida por cada caminho  cruzado,
Por toda nossa vida, ouvimos um objeto feito de pilha descartavel.

Caminhamos livremente pelas ruas estaziados
Mas será que estamos realmente livres de fato?
Já se perguntou o que seria liberdade, meu caro? 
Já pensou como seria morrer sem fazer algo que te deixe empolgado?

Acordamos querendo dormir um pouco mais que aquelas horas
Passamos a semana sonhando com a chegada do sábado
O sábado passa tão rápido que não deu tempo de fazer nada planejado,
E o domingo se arrasta cansado e solitário.
A semana começa mais uma vez sem vida, sem animo e sem entusiasmo.

Seria isso viver?
Vivemos intensamente para morrer
Contra nossa vontade, contra o nosso prazer.

Viver seria isso?
Caminhar teu corpo todos os dias para o abismo
E morrer como se fosse um desistido.

*18/04/2022*


O valor da liberdade



Pare! Por favor, pare e pense! Pare de pensar só em você. Pense nos negros, aqueles negros do interior dos estados mais pobres do Brasil, aqueles que não têm a quem recorrer, que sem as cotas oferecidas, nunca teriam estudo e nem mesmo um emprego para sustentar os familiares. Pense um pouco, nas famílias pobres que não tem dinheiro pra pagar o leite que o filho toma e a fralda que o filho usa, e que com a ajuda do Bolsa família conseguiram superar as fases ruins da vida (por mais que muita gente desonesta se aproveita da situação) não se esqueçam daqueles que realmente não tem dinheiro pra comprar um pão, Daqueles que realmente precisam.. E MUITA gente ainda precisa.. Porque nós somos Humanos, somos sensibilizados e carregamos sentimentos e não somente o orgulho e egoísmo. Pare de pensar apenas em você! Pense um pouco nas mulheres a sua volta, que sofre violência, ela não sofre porque gosta, ela sofre porque tem medo de denunciar um camarada e a gente não aguenta mais ter medo dos homens! Pare, e pense..... pense nas mulheres que batalham todos os dias pra receber um salário justo e igual ao que um certo brother recebe. E ela ainda cuida da casa, da janta, dos filhos e estuda. Pare por favor de pensar somente em você. Pense em todas as vidas que foram tiradas só porque eram Lésbicas, Gays, Bissexual e Trans. Só porque eram diferentes de vocês, mas eram humanos iguais, o sangue é da mesma cor, o coração batia igual ao seu, amava como você ama, a vida pulsava igual a sua, o sorriso aparecia igual ao seu e a voz! ah a voz era ouvida, e agora a voz jaz entalada, morta e fria. Só porque tinham gosto diferente do seu, eles não eram uma abominação. Por favor, pare e pense, em todo esse ódio, estão matando gente. Gente igual a gente, gente com o sangue como o nosso, gente que só é diferente por fora, por ser negro, mulher, LGBT, umbanda ou ateu. Estão matando pelo discurso de ódio. Estão matando por preconceito. Estão acabando com quem realmente ama e se importa, com quem faz o Brasil. BASTA!!! Pare! Pense em alguém além de você! Que não sabe ler porque não teve oportunidades, que não tem dinheiro pra comprar comida e quem dirá um computador pra estudar à distância. Pense, nas pessoas que ja foram torturadas, e na tortura que fez um torturador... Diga não ao Ódio e Sim ao Amor. Por favor, eu te peço, pense, repense e pense novamente, seu dinheiro vale mais que a vida da gente?

Mulheres, a resistência!



Por nove meses esperamos e nascemos mulheres 
 Ao completar um ano, levantamos e andamos como qualquer ser humano 
 Aprendemos a falar, a correr, a brincar e a nos proteger 
 E com o passar dos anos, começaram os danos: 

 _Feche as pernas, você é uma moça!
 Fale direito, menina não fala palavrão 
 Aonde você pensa que vai com essa roupa? 
 Garota não podem fazer isso não! 

 Vamos contar um segredo pra vocês 
 Somos MULHERES 
 A resistência! Somos o sexo que gera vidas em nosso ser 
 Lutamos como garotas, temos a força de garotas, e os direitos iguais, como garotas queremos ter .. 

 E se isso não for o suficiente para você entender 
Continuamos sendo mulheres 
 Falamos o que queremos falar, fazemos o que queremos fazer 
 Pois não somos fracas, para ser uma fraquejada que você insinua tanto em saber 

 Somos mulheres, buscamos a igualdade na nação 
Amamentamos nossos filhos em qualquer lugar 
 Sem esconder o que somos por obrigação 
 Pois da sua fraquejada nasceu a voz da revolução

Chora Brasil


Ouviram no planalto os gritos de ódio 
De um povo preconceituoso e ditador ignorante 
O hino está triste e mórbido 
Estão enterrando nossa liberdade nesse instante. 

Deitado eternamente em berço velado 
Estão tirando o som do mar e a luz do céu profundo 
E banhando essa terra de sangue inocente, daqueles que têm nos amado 
Manchando o sol do novo mundo! 

Estão alimentando o preconceito, que triste! se rebelou. 
E através deles, tentam explicar seu alivio aos suicídios 
Daquelas pobres pessoas que não se aceitou 
Tentando se encaixar na ordem e progresso de seus princípios.

Mas se ergues da justiça a clava forte 
Verás que um filho que é realmente teu não foge a luta 
Que daremos as mão ao índios, aos negros, aos LGBT e com sorte 
As mulheres não temerão, quem te adora, e seu fim não será a morte! 

Enquanto isso mais mil morrem pela liberdade retirada 
Oh! pátria alienada 
Dos filhos desse solo és mães gentil,
Pegue o lenço e chora Brasil!

Sou


Sou jeito tão confuso
De dizer o que se passa na cabeça
Sou pensar no melhor, contudo
Sou negativismo que destrói as veias
De todo o amor.

Sou versos curtos todos os dias
A dizer-me coisas sem assunto
Sou verbo de todas as palavras de ida
Querendo morrer num mundo
Sem cor.

Sou clamor de dor em horas sem contato
E saudades ao peito queimadas
Sou passado em correntes compreensivas no formato
De uma face animada
Que clama pelo rubor

Sou tudo o que antes era nada
Acabado num caminho destruído
Sou amor que se foi nessa estrada
Perdido sem sentido teu destino
Onde não brotava flor.

segunda-feira, 4 de outubro de 2021

Eternizar Você...


Preciso de mais de uma eternidade
Para que eu possa enfim gravar
As curvas de seu sorriso raro em sua face
O som de sua respiração ao acordar

Todo o tempo que tenho em vida seria pouco ao teu lado
Para que eu possa registrar em minha memoria
O doce sabor de seus lábios
O toque quente de suas mãos em minhas costas

Ao seu lado, todo segundo do mundo
Seria insuficiente para que eu possa registrar,
Todos os seus traços, o seus rascunhos
Todo o seu seu jeito de se expressar

Se passaram alguns dias, alguns meses, alguns anos
E eu ainda estou aqui...
Tentando eternizar em rimas, todo o teu jeito manso
Tentando me lembrar de cada segundo desde a primeira vez que a vi

terça-feira, 8 de junho de 2021

Indagações de uma Poeta

 


Poeta, aonde anda sua poesia?
Aonde anda sua linha, sua inspiração?
Sabe aquelas rimas que fazia?
Alegrava e desafogava o coracão!

Poeta, aonde anda sua escrita?
Seus almaços, pequenos rascunhos amassados em vão.
Sabe aquelas estrofes abandonadas e vazias?
Não tiveram, nem sequer, continuação!

Poeta, aonde anda sua alma de menina?
Seus gracejos, desejos e abnegação.
Sabe aquela alma que invade a pincelada com maestria?
Invade também, seus caminhos com ação e reação!

Poeta, aonde anda o seu sorriso de alegria?
E de praxe, seu lindo espirito da paixão.
Sabe aqueles olhos doces, brilhando em harmonia?
Pedindo rimas para detalhar tamanha admiração!

Poeta, aonde anda sua sina?
Sua alma embriagada: ora poeta, ora ladrão.
Sabe o furto de algumas frases do livro de insígnias?
Ou seria apenas um fruto da imaginação?

Poeta, poeta, aonde anda sua rima?
Pensamento em vão seria, que elas estivessem nos detalhes da estação!
_ Sabe aquela mulher, a quem jurei eterna poesia?
Minha rima está em tuas mãos!

sábado, 5 de junho de 2021

Conversas Antigas

 


Há tempos não converso, com quem torne a conversa prazerosa
Que me inspira e me faça sentir a prosa
Brotar em minha mão.

Há tempos não converso com quem realmente sinta vontade de me ouvir
Conversa boa, jogada fora. Sem obrigação ou compromisso de estar ali
Somente admiração 

Há tempos não converso sobre o que gosto
Plantas, poesias, livros, estrelas, historias, sem nenhum remorso
Nascendo em mim, alguma fagulha de emoção

Há tempos não sinto vontade de estar
Independente do papo, nunca estou de fato, principalmente a dialogar
Gerando apenas discussão.

Então, me pego as vezes em nostalgia
De conversas antigas, as vezes vazia ainda viva
Preenchendo espaço no coração.

>02/06/2021<

sexta-feira, 4 de junho de 2021

Chacina

 



Quantas vidas ainda serão tiradas?
Por falta de uma dose que o corpo precisa
E na angustia o Leito apita
Trazendo de volta a realidade

Não há vacina!

As vezes nos falta fé,
As fezes nos falta esperança,
Eles choram como crianças
Querendo trazer ao mundo, novamente, seus familiares.

O que restou foi saudade!

Quantas pessoas serão sacrificadas,
Ate que eles percebam a cisma?
Não é só a doença que mata
Teu voto na urna também influencia!

O que ficou foi CHACINA! 

>12/05/2021<

quinta-feira, 3 de junho de 2021

O Terço


Cansei de tentar me enquadrar,
Em padrões que ditam a sociedade.
Já não basta ser diferente, tem que sofrer por não se encaixar
E colocar no fogo o meu caráter? 

Cansei de tentar me encaixar
E de tentar formular frases e pensamentos
De receber criticas a todo momento
De algo que não fiz ou  que deixei de pensar.

Cansei de tentar me enquadrar
Em conversas, politicas, bebidas e outros meios.
Eu não pertenço a esse lugar,
Não me encaixo nesse tabuleiro.

Cansei de tentar me encaixar
Em lugares que eu não pertenço
Não é drama! Não é merda! É sentimento!
Eu não consigo mais falar!!

Cansei de tentar me enquadrar
Em uma vida de uma única direção
Sempre saio ferida na contramão
Sem chance de conseguir me desculpar.

Cansei de tentar me encaixar
Nessa sociedade cheia de opinião
Onde não tenho a convicção 
Das lutas por igualdade e bem estar.

Eu cansei!!

Juro que tentei fazer parte de uma vida que não pertenço
Fazer parte de algo que eu não sou
Mas não deu, infelizmente não sou esse terço
Que a sociedade, enfim, rezou!

>09/04/2021<


domingo, 29 de novembro de 2020

Falar de azul



Falar de azul é como falar de elogio
É falar também de saudade
É falar sobre calor ou frio
Do oceano e suas margens

Falar de azul é falar sobre primavera
Ou sobre o inverno cinzento
No azul eu me esqueci em rima
E quando me lembrei já era um poema em andamento

Falar de azul é falar sobre asas
Sobre pássaros, sobre flores
É lembrar de algumas aguas
E se deixar, morrer de amores

Nunca me canso de falar de azul
Há quem diz ser apenas uma cor
Mas azul é vida, é alma é história tão longe a olho nu
Que me contei e de azul na caneta estou a compor.

Cinco Dedos


São apenas cinco dedos
Cinco dedos de uma mão, nostálgicos
E querem delicadamente tocar-lhe a pele.
Transformam-se em cinco medos diferentes, em tempos sombrios e antipático.
Que querem apenas acariciar-lhe a tez
De cinco diferentes jeitos
Querendo sentir o teu calor exagerado, dramático
Que de mim tanto se repele
E distancia-se em cinco meios
Donde o olhar que espia, permanece vazio intacto
E o piscar do olhar, toca-lhe o corpo de saudade que me adoece.

sábado, 14 de março de 2020

Te Rever


Aquele olhar carregava mil poesias 
Se alastrava e sorria 
Fazendo todo o gelo de meu coração se derreter. 

Era Brincadeira, Não diga! 
Mas seus olhos sorriam 
Sorriam como os lábios faziam ao se render. 

E admirada, eu observava 
Sua delicadeza, sua essência, sua calma ]
Me apaixonando novamente por tudo que há em você! 

E enquanto eu observava 
Seus olhos sorriam, quase gargalhavam 
E eu queria que soubesse, que eu amei te rever!

Deixei de ser poeta


Deixei de ser poeta
Quando a poesia me entristeceu
Vaguei sublimemente nas palavras desertas
De um vasto areal num almaço que se perdeu.

Deixei de ser poeta
Quando a poesia me fez refém
De um passado, passado, alastrado, julgado em cela
Mas morto por ela, à ela não convém.

Deixei de ser poeta
Quando a poesia me julgou
Caracterizou todo o meu ser em sorriso, guizos e festas
Romantizando pra ela, momentos abomináveis que se passou.

Deixei de ser poeta
Quando a saudade bateu
Mas as rimas não vieram, não nasceram, se esqueceram das arestas
De palavras que se encolheram, esconderam no almaço, apedrejadas, e morreu! 

A noite não te amar


A noite caiu insonia de luar
Tremendo com medo de teu escuro a lhe abominar
Mas haviam vaga lumes entre nuvens a recitar
Cirandas, sinfonias e estrelas a bailar
Era noite de lua sabe-se-lá.
Mas era noite, da noite insone e triste a recitar
Então se choravas rimas
Como poderia falar?
Falava, se embola, se retraia...
Até culpada se declarar.
E na noite insone, caiu estrelas
Tornou-se tremedeiras a palpitar
E ela, moça, coruja, chorava entre terra
Por não sentir-se livre para voar
Chorava em tons anis, céus a madrugar
Chorava escondida por não mais pertencer aos céus a se estrelar.
E então, se amargurava pela noite não mais te amar.

Tampa de Cerveja


Contei mil segredos a uma tampa vermelha de cerveja
Na mesa careira de madeira num bar.
Na noite de música fresca
Chorava por não saber amar.

Rodopiava com o dedo, a tampa vermelha
Como meu quadril fazia ao dançar
Mas a discussão na mesa de madeira
Impactava como a tampa caída no chão a se enterrar.

Finalmente queria entender aonde a gente se perdeu...
Havia sido no chão enquanto ouvia aquela musica que dancei?
Como uma tampa da cerveja vermelha que ardeu
A garganta, num beijo retrogrado e vicioso que arfei.

O olhar de ódio e desgosto que feriam como ferro
Fundido, transformado, lacrado na cerveja o sabor
Do beijo, esmaltado, carente sedento por afeto.
Salvou a tampa, mas não salvou o amor.