terça-feira, 26 de novembro de 2013

Minha Memória


Ainda abalado, chora o coração ao recitar.
Com jeito de fraco descobrindo-se amado, sorrir por conseguir lembrar.
Em minha memória o fracasso, por tentar juntar
As palavras no almaço, o que faço eu para criar?

Gotas saliente, na janela há de permanecer,
Encontram-se contente, na chuva as irmãs há de conhecer.
Sobre minhas memórias doente, chora ao amanhecer.
_ Não lembro, não force minha mente! _ Grita sozinha por não querer sofrer.

No odor de um simples papel, árido e seco,
Carregando como escravo um cordel, escrito ás lágrimas de desespero.
Em minhas memórias o fel, escondem meu próprio medo.
Branco como nuvens que avassalam o céu, e nele meu mais puro segredo.

Nas palavras se fazem versejas, tinta negra oprime a pluma,
Juntam-se sozinhas sobre as veredas, de um pergaminho de tez obscura.
Em minhas memórias fortalecida de enveja, absorve tua ternura.
Temo que apenas seja, minha insensível paixão escrita à amargura.


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