segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Todos as chances


Nas fantasias de meu coração
Vejo teus olhos...
Tão sinceros, amenos e brilhosos.
Cheio de emoção.
Não!
Fuja, não fique ao meu lado.
Tenha outra vida,
Dou-lhe a liberdade, cure tua ferida.
Fuja de mim como eu mesma faço.

Vamos passarinhos!
Voe para bem longe.
Fuja de meu ninho, caça teu caminho.
E esquecem meus loiros cabelos da fonte.
Não!
Não toque em meu peito.
Estou doente, carente e seca.
Estou só como uma vespa.
Cheia de venenos durmo em meu leito.

Esquecem minhas poesias!
Ela são feitas de palavras solitárias.
Elas não enxugam minhas lágrimas.
Elas são cheias de vidas vazias.
Não!
Não diga que são belas.
Não deem esperanças.
Fujam minhas aves mansas!
Fujam de minhas feras.

Vocês tem todas as chances.
Voe com todas as forças.
Deixe-me com as negras moscar.
Dixe-me morrer de fome!
Não!
Não cuide de minhas asas.
Vôo amarga como o fel.
Em desespero perdi-me no céu.
Não cuidem de minha alma abandonada.

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