terça-feira, 22 de abril de 2014

Filme da vida




Ando pra trás, cismando andar pra frente,
É minha cara vida,
Ninguém mesmo me entende.
Só eu posso curar minha ferida

Escrevo tentando apagar tudo de mim
Como assim poesia
Não vai mesmo querer o fim?
Triste ando sem saída.

Então eu choro...
Papel curto, mal cabe a poesia
Então enamoro..
 Tudo enquanto triste eu sorria...

Então eu desenho...
Porque a escrita não saia
 Então escrevo...
Porque nada mais eu conseguia.

E assim chutei minha vida
Para o mais longe de mim
E assim terminei a poesia
 Mas ela ficou sem fim.

E assim derrubei a cama
Mas deitei mesmo assim
E assim adormeci na grama
 E esqueci de tudo que senti.

E assim escrevi sobre a morte
E ela me fez feliz
E assim abracei a sorte
 Mas o meu azar não quis.

E assim cravei tudo numa árvore
E ela perdeu a raiz
E minha vida foi escrita em árabe
 Sem rima para entender minha matriz!

E assim o pó virou pedra
O vicio me cercou
Essa é nova era
Pare porque a poesia terminou!

E assim vivo sem querer
Escrevo para tentar desculpar minha vida
Chutei-a por crer
Que a morte era o que mais queria.

E assim começou o fim,
Terminou o começo,
Nada da minha vida foi escrita por mim
E sim pelos meus segredos.

E tudo o que hoje trabalho,
Grama, cama, colchão entalho...
Nada foi confiscado
Sorria você está sendo filmado!!

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