sexta-feira, 11 de abril de 2014

Escrevo novamente


Escrevo palavras amargas
Amargas de tão doce
Doce de tão salgadas
Salgadas como a noite.

Cansei de ter sonhos,
Sonhos, sonhei noite passada
No passado vivi com nostalgia e encanto,
No encanto afoguei todas as máculas.

Adeus, sereno é o canto
Canto calado de boas vindas,
Boas vindas aos escritos santos,
Santos já loucos e fartos da vida.

Escrevo no crepúsculo úmido, o luar
A noite densa cobre o pôr-do-sol falhado
No nascer do sol matinal pássaros disparam a cantar
Cantam louvores aos meus retalhos.

Tão rápido escrevo,
Querendo chegar ao fim
E novamente volto ao começo
Descobrindo mais um pouco de mim.

Dizer "Olá" novamente como um adeus? 
Adeus ficam aos lábios secos,
De tão secos estão molhados,
Molhados dos prantos de meu medo.

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